Publicado em 30/03/2017 às 12h11.

‘Nível está no limite da tomada’, diz Rui sobre Pedra do Cavalo

Governador afirmou que, diante de situação "gravíssima", risco de racionamento em Salvador e Região Metropolitana é "grande"

Evilasio Junior
Foto: Manu Dias/ GOVBA
Foto: Manu Dias/ GOVBA

 

No dia em que Salvador recebe a maior chuva do ano, um alerta sobre a possibilidade de falta d’água foi dado pelo governador Rui Costa. Em discurso nesta quinta-feira (30), no auditório do Centro de Operações Integradas da Secretaria da Segurança Pública, no Centro Administrativo (CAB), durante a posse do Conselho Estadual das Cidades (ConCidades), sem precisar o volume, o petista afirmou que a barragem de Pedra do Cavalo, principal alimentadora do sistema de abastecimento da capital e Região Metropolitana, está em nível crítico.

“Salvador passa o momento mais difícil das ultimas décadas no abastecimento de água. Tem um problema em Pedra do Cavalo. O nível está no limite da tomada”, disse. De acordo com o chefe do Executivo baiano, apesar de “as pessoas olharem e ainda verem muita água” na represa, ela está no limite de ser feita a captação.

Perguntado depois do evento pelo bahia.ba se o Estado não poderia adotar medidas drásticas, o petista não descartou a hipótese de implantar racionamento de água. “Se essas chuvas de agora não melhorarem o nível, aí falaremos em racionamento”, considerou.

“O risco é grande. Em várias cidades já temos racionamento, como Vitória da Conquista. Estamos fazendo mais uma obra emergencial lá, no valor de quase R$ 5 milhões. Estamos licitando a barragem que vai resolver definitivamente a situação de Vitória da Conquista, no valor de R$ 200 milhões. Mas a situação na Região Metropolitana de Salvador é gravíssima”, declarou.

Carne fraca – O governador voltou a falar da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, que identificou irregularidades em 21 frigoríficos brasileiros, entre eles representantes de marcas gigantes, como Sadia, Perdigão, Seara e Friboi, como inclusão de papelão nos produtos e venda de alimentos estragados.

Segundo ele, a fiscalização e a punição “devem acontecer e acontecem”, mas há uma “superexposição” dos crimes cometidos pelas empresas na imprensa brasileira. “O que não acontece em outros países é esse espetáculo que destrói a economia do país. Houve escândalos na Volkswagen e em empresas americanas. Estão destruindo o setor de alimentação brasileiro, depois de destruir os setores de petróleo e gás e construção civil”, comparou Rui.

Abuso de autoridade – Em sua fala, o petista também voltou a condenar a crítica às mudanças no pacote anticorrupção, projeto de iniciativa do Ministério Público que recebeu no Congresso Nacional o adendo de previsão de punição a magistrados e promotores.

“Eu li uma matéria de que membros do Judiciário e Ministério Público são mais conhecidos do que os políticos. Isso é um absurdo. Quem exerce essas funções deve primar pela discrição”, analisou.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.