Publicado em 11/06/2018 às 12h35.

No prejuízo da Lava Jato, os Gradim perderam na Odebrecht, por tabela

Veio a Lava Jato com a Odebrecht no olho do furacão e o negócio, pelo menos nos valores colocados, voou pelos ares

Levi Vasconcelos

Frase da vez

“Nunca é tão fácil perder-se como quando se julga conhecer o caminho”

Oscar Wilde, escritor e poeta irlandês (1854-1900).

Foto: Zeh Campos
Foto: Zeh Campos

Lembra aquela história da bilionária briga entre a Odebrecht e Victor Gradim?

Rememorando: a Kieppe Patrimonial (leia-se Odebrecht) queria comprar os 20,6% de ações que Bernardo (pai) e Victor Gradim (leia-se Graal Participações) detém no grupo. Chegou a oferecer US$ 1,5 bilhão, ou R$ 6 bilhões a preço de hoje.

Os Gradim não queriam vender, o assunto foi para a justiça, com eles questionando valor e forma de pagamento, também o direito da Odebrecht querem comprar.

Resultado: veio a Lava Jato com a Odebrecht no olho do furacão e o negócio, pelo menos nos valores colocados, voou pelos ares.

Os Gradim até querem vender agora, mas como a Odebrecht luta para sacudir a poeira, inclusive tomando empréstimos (R$ 2,7 bilhões) em banco inclusive para pagar acordo de leniência iria justificar? A história não acabou, é obvio. Mas no capítulo presente, também está afogada na Lava Jato.

Perdas e danos

Aliás, diz-se no mercado, que a Lava Jato foi extremamente danosa para os baianos. Dos 740 mil empregos que as construtoram suprimiram quase 100 mil são da Odebrecht. A OAS, em recuperação judicial, despencou de 120 mil para 35 mil. E de quebra, Ricardo Pessoa, da UTC, outra enroscada, também é baiano.

Se comparadas as perdas com os envolvidos baianos presos, constata-se que é muito desemprego para pouca faxina ética. Se é que…

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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