Publicado em 09/08/2018 às 12h06.

Nos bastidores, o alvoroço da linha de corte temperado com muito tititi

Chegaram a dizer que a linha de corte para federal era de 120 mil votos e estadual 60 mil

Levi Vasconcelos

Frase da vez

“A única coisa que me espera é exatamente o inesperado”

Clarice Lispector, escritora nascida na Ucrânia, mas naturalizada brasileira (1920-1977)

Foto: Divulgação
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Linha de corte é a quantidade mínima de votos para se garantir na Câmara ou na Assembleia. Por isso que, quando o PSC recusou o chapão de Ronaldo, deu alvoroço. Chegaram a dizer que a linha de corte para federal era de 120 mil votos e estadual 60 mil. Agora com a poeira mais assentada, se fala em 85 mil e 45 mil.

As listas que circulam nos bate-papos e na internet estabelecem linhas de corte com base nas eleições anteriores, dando-se o desconto que em 2018 o desencanto coletivo é grande e esperam-se muitos votos brancos e nulos. As listas, bem elaboradas, viram mero tititi quando sugerem a pretensão de dizer, ou insinuar, quem vai e quem fica. E não dá.

Falta lógica

Óbvio que algumas figuras, as estrelas, pela condição financeira ou política que têm, são carimbadas, com eleição tida como certa. Mas convém lembrar que esses são poucos. A briga é mais embaixo.

Veja a Assembleia; 53 dos 63 deputados vão disputar a eleição. Todos se dizem reeleitos, ressalvando: ‘Com dificuldades’. Estão? Claro que não. E qual o percentual de renovação? Sabe-se lá. Mas já dizem que é de 40%.

Ora, a Bahia é do tamanho da França, bem mais pobre, claro. Pesquisar a vastidão desse território para tentar espelhar um retrato do momento é caro. E se for entrar no varejo da disputa de deputado, é tecnicamente impossível. Então, as listas da linha de corte não são fato. Têm muito de chute.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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