Publicado em 18/04/2017 às 18h23.

Nos corredores, ala da oposição já cogita CPI da Cerb na Assembleia

Em depoimentos, delatores da Odebrecht afirmaram que a empresa condicionou doações à campanha de Rui Costa em 2014 ao pagamento de uma dívida da estatal

Rodrigo Aguiar
Foto: Josemar Pereira/ Ag. Haack/ bahia.ba
Foto: Josemar Pereira/ Ag. Haack/ bahia.ba

 

Nem bem foi arquivada na Assembleia a tentativa de investigar o desabamento parcial do Centro de Convenções, uma ala da oposição já fala em uma CPI da Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos da Bahia (Cerb) – destinada a apurar relatos feitos nas delações da Odebrecht.

A ideia ainda é embrionária, mas já circula nos corredores da Casa. Em depoimento, os ex-funcionários da empreiteira André Vital e Cláudio Melo Filho afirmaram que a empresa condicionou doações à campanha de Rui Costa em 2014 ao pagamento de uma dívida da estatal.

A oposição tem 21 integrantes, número mínimo para protocolar um requerimento com o objetivo de solicitar comissões parlamentares de Inquérito. Em seguida, cabe ao presidente da Assembleia, Ângelo Coronel (PSD), decidir se cabe instalar o colegiado.

Estratégia definida – Em sessão na qual seria instalada CPI do Centro de Convenções, nesta terça-feira (18), a oposição decidiu retirar os nomes indicados para a comissão, por não concordar com os critérios defendidos pelo governo. A maioria pretendia ficar com a presidência e a relatoria do colegiado.

Após a minoria colocar em prática a sua estratégia de “debandada” – já definida desde a manhã desta terça, conforme apurou o bahia.ba – a bancada governista também solicitou a retirada dos seus integrantes. Coronel, então, decidiu pelo arquivamento da CPI.

Os oposicionistas prometem entrar com uma ação judicial para garantir a proporcionalidade e também vão ingressar com um recurso na Mesa Diretora contra o arquivamento da CPI.

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