Publicado em 07/08/2017 às 06h09.

Novas delações podem atingir inquéritos sobre Temer, diz Janot

A PGR negocia as delações do ex-deputado Eduardo Cunha e do operador financeiro Lúcio Funaro, ambos presos pela Lava Jato

Redação
Foto: Reprodução/Facebook
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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, que “colaborações em curso” podem ajudar nas investigações contra o presidente Michel Temer (PMDB) por suspeita de obstrução de Justiça e organização criminosa. Os inquéritos servem para embasar novas denúncias.

A PGR negocia as delações do ex-deputado Eduardo Cunha e do operador financeiro Lúcio Funaro, ambos presos pela Lava Jato.

Janot afirmou que não pode confirmar as tratativas, mas questionado sobre o que um político como o ex-presidente da Câmara tem para fechar um acordo, ele respondeu: “O cara está neste nível aqui [faz um sinal com uma mão parada no ar], ele tem que entregar gente do andar para cima [mostra um nível acima com a outra mão]. Não adianta ele virar para baixo, não me interessa”, contou.

O chefe da PGR indicou que prepara uma nova acusação formal contra Temer, revelou que pedirá a anulação de uma delação e afirmou que a saída para o país não é “considerar bandido como político”.

Janot, cujo mandato na PGR termina em 17 de setembro, contou que pretende tirar férias acumuladas até abril e projeta se aposentar no meio do ano que vem.

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