Publicado em 12/06/2018 às 11h46.

Num cenário federal pulverizado, a Bahia viverá caso único: a disputa estadualizada

Jamais houve um líder de pesquisa preso, como é o caso de Lula

Levi Vasconcelos

Frase da vez

“A dúvida é autora das insônias mais cruéis”

Nelson Rodrigues, escritor brasileiro (1912-1980)

Foto: divulgação/Partido dos Trabalhadores
Foto: divulgação/Partido dos Trabalhadores

2018 é um ano que, em termos eleitorais, vai entrar para história. Jamais houve um líder de pesquisa preso, como é o caso de Lula. E nem há uma oposição que possa tentar tirar proveito eleitoral disso, porque os seus principais arautos também estão melados na Lava Jato.

E o que haverá de sair, em termos de esperança, das urnas de 2018? Segundo o senador Otto Alencar (PSD), com as coligações, que possibilitam uma enorme pulverização de partidos sem voto no Congresso, nada.

Ou seja, o cenário atual seria fruto de um modelo de representação política que tornou o jogo federal um imenso balcão de negócios. Isso afundo a moral dos políticos e nada de novo virá.

Seguindo o rastro

A pesquisa do Datafolha divulgada domingo mostra o que todas as outras já mostraram, um cenário pulverizado com Lula, preso, liderando, em segundo lugar Bolsonaro, Marina em terceiro. A do Instituto Paraná divulgada no fim do mês passado mostra que na disputa federal, a Bahia vive situação similar a do Brasil: Lula tem 43% das intenções, Bolsonaro 16,8%, Marina 8,1, Ciro Gomes 7,1, Álvaro Dias, 8 e Geraldo Alckmin 3,2. Se sai Lula, todos ganham um pouquinho, mas a ordem é a mesma. Ou seja, a Bahia segue o rastro federal.

É surreal a quatro meses da eleição, um cenário tão esdrúxulo que algum vidente visse antes, diriam que é obra de ficção. A não ser que a campanha opere o milagre que alguns esperam. Será?

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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