Publicado em 25/02/2018 às 07h33.

‘O governo é muito grande’, diz economista de Bolsonaro

Ex-capitão do Exército com posições estatizantes, Jair Bolsonaro já avisou que, se eleito, Paulo Guedes será seu ministro da Fazenda

Redação

paulo guedes reproducao youtube

 

Com doutorado pela Universidade de Chicago, instituição que se tornou o símbolo do liberalismo, o economista Paulo Guedes, 68 anos, tem mantido conversas quinzenais com o presidenciável Jair Bolsonaro (PSC), nas quais tratam de temas como privatização radical, corte de impostos e independência do Banco Central.

Ex-capitão do Exército com posições estatizantes, Bolsonaro confiou a Guedes a responsabilidade de criar seu programa econômico e já avisou que, se eleito, o economista será seu ministro da Fazenda.

Em entrevista à Folha, Guedes reconheceu que, após décadas de recusas para ingressar no setor público, pode topar “aquela confusão lá”, em referência a Brasília

“O país continua sendo um paraíso dos rentistas e inferno dos empreendedores. Os impostos subindo, os gastos públicos saindo de 18% do PIB quando os militares entraram para 45%, quando Lula e Dilma saíram, sendo 38% de impostos e 7% de deficit. É um governo totalmente disfuncional. O governo é muito grande, bebe muito combustível”, defende Guedes, em entrevista à publicação.

De acordo com ele, um programa amplo de privatização poderia zerar a dívida ou, ao menos, baixá-la. “Por que não pode vender o Correio? Por que não pode vender a Petrobras? E se o mundo for para um negócio de energia solar? E o shale gas [gás de xisto]? E se o petróleo, daqui a 30 anos, estiver valendo US$ 8 [o barril]? Você sentou em cima de um totem, ficou adorando o Deus do óleo. Por que uma empresa que assalta o povo brasileiro tem que continuar na mão do Estado?”, questiona.

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