Publicado em 18/02/2019 às 12h00.

‘O país não pode ficar nessa tríade infernal: Bolsa, dólar e inflação’, diz Otto

Senador declarou ao bahia.ba que a equipe econômica do governo Bolsonaro (PSL) promove uma política “monetária” e “financista”

Alexandre Santos
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

 

O governo Jair Bolsonaro (PSL) promove uma política econômica “monetária” e “financista”, focada apenas no dólar, na inflação e na Bolsa de Valores, avalia o senador Otto Alencar (PSD) em entrevista ao bahia.ba. “O Brasil está parado”, critica o parlamentar baiano.

Segundo ele, a equipe de Paulo Guedes deveria priorizar medidas para a geração de emprego e renda e fechar o cerco contra o que chama de “grandes sonegadores” de impostos, dentre os quais relaciona a JBS, do empresário Joesley Batista.

“Nos últimos anos, o que se viu foi ministro da Fazenda fazendo política monetária, financista, baseado em três pilares: o dólar, a inflação e a Bolsa e se esquecendo de aplicar recursos para gerar empregos e movimentar a economia. Está quase tudo parado no Brasil, com crescimento muito pequeno. São vários os  aspectos a serem vistos. O Brasil não pode ficar nessa tríade infernal de Bolsa, dólar e inflação e só isso aí. O que importa para o ministro da Fazenda é isso”, afirma Otto.

“A Previdência tem a receber de grandes fraudadores e sonegadores de pagamentos 500 e tantos bilhões de reais. Começa com JBS e por aí vai. Essa questão da Previdência é muito relacionada também às fraudes e à sonegação e, por outro lado, o desemprego, né?”, acrescenta o senador.

Para Otto, a nova gestão federal não conseguiu nem mesmo retomar grandes obras pelos país, a exemplo da Ferrovia Oeste-Leste e do estaleiro Enseada Paraguaçu, ambas na Bahia.

“Se botam o Brasil pra crescer 4%, 5% ao ano, isso vai gerar muitos empregos, e consequentemente, recolhimento para o caixa da Previdência. Cadê o desenvolvimento econômico? Cadê a geração de emprego e renda? Cadê a circulação dinheiro, que não existe? As obras de grande porte todas paralisadas. O dinheiro não está circulando. Não está tendo investimento”, aponta o senador.

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