Publicado em 14/06/2016 às 06h30.

OAS diz que Marina pediu que terceiros negociassem caixa 2 em 2010

Segundo Léo Pinheiro, um dos sócios da construtora, a então candidata a presidente não queria aparecer associada a empreiteiras

Redação
(Foto: Vagner Campos/Divulgação)
(Foto: Vagner Campos/Divulgação)

 

Um dos sócios do grupo OAS, o empresário Léo Pinheiro relatou nas negociações para fechar um acordo de delação premiada com procuradores da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que representantes de Marina Silva lhe pediram contribuição para o caixa dois da campanha presidencial em 2010 porque ela não queria aparecer associada a empreiteiras, de acordo com o jornal O Globo.

À época, Marina era candidata à Presidência pelo PV e acabou em terceiro lugar, na disputa vencida por Dilma Rousseff (PT). Pinheiro disse que a contribuição foi pedida por Guilherme Leal, sócio da Natura e um dos principais apoiadores da ex-ministra no meio empresarial, e Alfredo Sirkis, um dos coordenadores da campanha.

Leal, candidato a vice na chapa de Marina em 2010, diz ter recebido Pinheiro em seu escritório, em São Paulo. O empreiteiro foi levado ao encontro por Sirkis, ainda de acordo com o empresário, porém, Leal e Sirkis negam ter recebido contribuições ilícitas. Segundo eles, a reunião com Pinheiro ocorreu em maio de 2010, quando a campanha não havia começado. A OAS fez uma doação legal ao PV do Rio.

Marina nega também que tenha usado recursos de caixa dois na campanha de 2010. “Nunca usei um real em minhas campanhas que não tivesse sido regularmente declarado”, disse em nota.

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