Publicado em 27/11/2015 às 09h46.

Obras de Irmã Dulce pedem socorro

Levi Vasconcelos
Foto: Divulgação
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Quando o assunto é Irmã Dulce, a Bahia se une e isso inclui Rui Costa e ACM Neto. Governo e Prefeitura de Salvador deram as mãos para fazer do entorno do Santuário de Irmã Dulce um local urbanisticamente decente.

A pretensão tem alvo duplo. Além de homenagear a beata quase santa, também transformar o local no grande destino religioso de Salvador, como Belém do Pará tem no Círio de Nazaré, que atrai turistas do Brasil inteiro.

A ideia está avançando, muito aquém da velocidade esperada, mas devagar e sempre, andando. Ainda no governo Jaques Wagner, foi inaugurada a reurbanização total da praça.

Na tarde desta sexta-feira (27) ACM Neto inaugurou a segunda etapa. E o governo deve realizar no próximo ano a terceira, que completa o projeto, com a mudança do fluxo de tráfego de uma forma que o Santuário, no antigo Cine Roma, fique definitivamente integrada à praça.

Quem quiser é só conferir. A área, antes esmolambada, da mesma forma que Irmã Dulce começou cuidando dos seus desvalidos num galinheiro, agora está bonita, digna de um ícone da Bahia.

Foto: Divulgação
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O OUTRO LADO – Mas se do lado de fora está tudo bem, no de dentro, nem tanto. O Hospital de Irmã Dulce é 100% SUS. Faz uma média de oito mil procedimentos diários com duas mil pessoas por dia. Como há três anos não há reajuste na tabela do SUS, as finanças vão mal.

Maria Rita Lopes Pontes, superintendente da OSID, diz que o déficit mensal é da ordem de R$ 1 milhão, ou R$ 12 milhões por ano. A instituição sobrevive fazendo o complemento com doações e a venda de souvenires, mas é pouco:

– A gente mantém, a duras penas, a área operacional. Mas o hospital em si está sucateado, na estrutura física e nos equipamentos. Se não houver uma providência imediata, com certeza vamos comprometer a nossa sobrevivência. Diz Maria Rita que os sucessivos apelos ao Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde do Estado são infrutíferos. Na sua última visita a Salvador, dia 20 último, o ministro Marcelo Castro foi lá.

Ouviu completo relato de tudo que estamos falando aqui. Foi muito simpático, mas ações concretas, nada. Ou melhor, a esperança continua sendo um milagre de Irmã Dulce.

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