Publicado em 16/02/2017 às 09h10.

ONU nega que Luislinda Valois tenha título de embaixadora, diz jornal

Segundo a Folha de São Paulo, as Nações Unidas informaram que o posto sequer existe; honraria foi citada pelo Planalto durante a nomeação da baiana para ministério

Redação
Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil
Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil

 

A recém-nomeada ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois, não possui o título de “embaixadora da paz da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2012”, conforme afirmado pelo Palácio do Planalto durante a posse da desembargadora baiana aposentada. A informação foi publicada na edição desta quinta-feira (16) do jornal Folha de São Paulo. Procurada pela reportagem, a ONU informou que o posto sequer existe.

De acordo com a publicação, a homenagem à magistrada foi concedida não pela ONU, mas pela ONG Federação para a Paz Universal (tradução para a sigla UPF), fundada pelo líder religioso coreano Sun Myung Moon, o reverendo Moon, morto em 2012. O ministério confirmou a informação à Folha.

Segundo levantamento da ONU, a UPF é apenas uma das mais de 3 mil ONGs que prestam consultoria para a Ecosoc (braço econômico e social da ONU).

Primeira juíza negra do país – Outra referência ostentada por assessores de Luislinda Valois também ficou em xeque: o de primeira juíza negra do Brasil.

Segundo o Tribunal de Justiça da Bahia, a magistrada Mary de Aguiar Silva, 91 anos, também baiana, foi nomeada para o cargo em 1962, enquanto a colega Alexandrina de Almeida Santos, morta em 2009, assumiu uma comarca no interior em 1967, o que faz da nova ministra de Direitos Humanos a terceira na lista cronológica.

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