Publicado em 19/09/2017 às 19h00.

Operação Simão: investigados pedem ‘perícias inviáveis’, diz juiz

O processo está prestes a ser concluído, de acordo com o TRE-BA

Alexandre Galvão

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Investigados pela Polícia Federal por suspeita de compra de votos em Feira de Santana, no centro-norte da Bahia, o ex-vereador Wellington Andrade de Jesus e o pastor Pedro Rodrigues Costa solicitaram ao Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) perícias “inviáveis”, segundo o juiz Daniel Lima Falcão.

Em mandado de intimação publicado nesta terça-feira (19), o magistrado argumenta que “é forçoso concluir que a prova pericial requerida resta inviável em face de limitações técnico-tecnológicas para se diferenciar a recenticidade de documentos em hiatos inferiores a dez anos”.

O processo está prestes a ser concluído. As bancas de defesa dos acusados e o Ministério Público Eleitoral (MPE) foram notificados para se pronunciarem em até dois dias.

Operação Simão – As investigações começaram em 2016, a partir de pedido do MPE, que noticiou haver informes da captação ilícita de votos por parte de um candidato a vereador vinculado a uma igreja evangélica.

O postulante e o grupo vinculado a ele teriam cadastrado eleitores fiéis com a promessa de abençoá-los, e “amaldiçoavam” aqueles que se recusavam a fornecer seus dados constantes do título eleitoral.

Durante a apuração constatou-se que a prática ilícita ia além do cadastramento, pois incluía também a distribuição de gêneros alimentícios em comunidades carentes, favorecimento na marcação de exames e consultas médicas pelo SUS. Também foi identificada a prática da venda de votos em lote por parte de uma liderança comunitária local, fato que envolveu Jesus, até então, vereador.

O nome da operação, “Simão”, vem do codinome utilizado pelos policiais para se referir ao principal investigado, uma referência ao apóstolo de Jesus Cristo.

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