Publicado em 19/08/2018 às 08h30.

Operador da Lava Jato movimentou R$1,8 bilhão em propina

Adir Assad, preso desde 2015, emitia notas frias e repassava o dinheiro em espécie a agentes públicos e outros operadores

Redação
Foto: Geraldo Bubniak/AGP
Foto: Geraldo Bubniak/AGP

 

O empresário Adir Assad, preso desde 2015 pela Lava Jato, movimentou R$1,8 bilhão em propinas através de notas frias,  contas em empresas de fachada distribuídas em 14 agências de seis bancos diferentes. Em depoimento à Justiça, Assad revelou que conquistava a confiança dos bancos ao comprar títulos de capitalização e presenteava os gerentes com ingressos para grandes shows.

Apontado como o maior operador financeiro a atuar nos desvios investigados pela Operação Lava Jato, o empresário contou que nunca pagou propina diretamente ao gerente, mas sempre os dava ˜mimos”.

“Comprávamos seguros, fechávamos consórcios, oferecíamos para os gerentes ingressos de shows e eventos”, disse Assad, que atuava no setor de eventos e tinha facilidade de conseguir os ingressos. Ele chegou a assinar um acordo de delação premiada, mas segue preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba

Suas empresas de fachadas, de acordo com o Estadão, emitiam notas frias para grandes empreiteiras e transformavam em dinheiro – em espécie. Segundo Assad, o valor era encaminhado a agentes públicos e operadores de propina.

Cinco empresas ligadas a Assad usaram contas de seis bancos diferentes da cidade de São Paulo. Só em duas agências do Bradesco – que detém cerca de 66% do valor operado – concentram R$1,2 bilhão. As empresas são a Legend, Rock Star, Soterra, SM terraplanagem e Power To Ten.

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