Publicado em 21/08/2018 às 11h26.

Os baianos esperam as pesquisas domésticas. É o tempero que falta

Depois que ACM Neto saiu de cena as primeiras vão entrar no tititi agora esta semana, com a BIG Data e o Ibope-TV Bahia amanhã

Levi Vasconcelos

Frase da vez

“Excesso de expectativa é o caminho mais curto para a frustração”

Martha Medeiros, escritora e poetisa gaúcha (1961)

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ ABr
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ ABr

 

Nas pesquisas ontem divulgadas da disputa presidencial, nada de novo, tudo pulverizado como sempre, com Lula, que nem candidato vai ser, mas está registrado, à frente. E as pesquisas baianas?

Depois que ACM Neto saiu de cena as primeiras vão entrar no tititi agora esta semana, com a BIG Data e o Ibope-TV Bahia amanhã. A expectativa é grande.

A oposição já construiu um discurso. Diz que se Rui Costa estiver abaixo de 50, tem jogo, sinal de que ele ainda não tem a maioria. De quebra, evocam o exemplo de 2006, quando Paulo Souto era governador bem avaliado e perdeu para Jaques Wagner no primeiro turno.

E também lembram, para reforçar que a pesquisa de agora não reflete o que vai dar nas urnas, que em agosto de 2014 Paulo Souto, na oposição, tinha 44% segundo o Ibope contra 15% de Rui e 9% de Lídice. Na urna, bateu Rui 54,53% contra 37,39% de Paulo Souto e 6,62% de Lídice.

Por ironia, Rui também costuma não dar bolas para pesquisas, até porque se desse, teria desistido, diz o próprio.

Mas o comparativo afrouxa sua lógica por dois detalhes: em 2006 Wagner tinha Lula, então presidente bem avaliado, turbinando a campanha dele e em 2014 Rui tinha Wagner, Lula e Dilma. Além disso, nos anos anteriores as campanhas tiveram 45 dias de rádio e tevê, agora são 35.

Este ano, Lula na cadeia, ainda turbina Rui. E Ronaldo ainda espera Alckmin subir, o que é uma aposta.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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