Publicado em 01/02/2017 às 22h23.

Otto rebate Bruno e diz que nome de Coronel passou por acordo nacional

"Em troca do apoio do PMDB e do DEM aqui, o PSD vai apoiá-los em Brasília. Amanhã eles terão a retribuição", assegurou Otto sobre a candidatura de Rodrigo Maia na Câmara

Evilasio Junior
Foto: Rodrigo Daniel Silva/ bahia.ba
Foto: Rodrigo Daniel Silva/ bahia.ba

 

O senador Otto Alencar negou, em contato com o bahia.ba, que a candidatura do deputado Ângelo Coronel (PSD) à presidência da Assembleia Legislativa tenha “nascido na oposição” ao governador Rui Costa (PT), como afirmou o vice-prefeito de Salvador Bruno Reis (PMDB).

De acordo com o comandante estadual do PSD, o nome do novo chefe da AL-BA foi construído “no gabinete do partido”, a partir da negativa de Adolfo Menezes em concorrer com Marcelo Nilo. “Obviamente que o apoio da oposição foi decisivo, mas não é verdade que a candidatura tenha sido feita lá. Houve entendimentos com o PP, com o PCdoB e com os deputados que entenderam a necessidade de alternância do poder”, afirmou o parlamentar, ao citar pessoalmente a participação do vice-governador João Leão e do deputado federal Daniel Almeida, que retribuiu “espontaneamente” o apoio a Alice Portugal na campanha municipal de 2016, no processo, “sem desmerecer a liderança do prefeito ACM Neto sobre a sua bancada”.

O senador ainda revelou que a candidatura de Coronel passou por um acordo nacional com os postulantes do DEM e do PMDB ao comando da Câmara Federal. “Recebi tanto o deputado Rodrigo Maia quanto Lúcio Vieira Lima no meu gabinete e me comprometi com eles. Em troca do apoio do PMDB e do DEM aqui, o PSD vai apoiá-los em Brasília. Amanhã eles terão a retribuição”, assegurou, sobre a eleição nesta quinta-feira (2) no Congresso Nacional. “Tanto é que eu pedi pessoalmente ao governador Rui Costa para liberar Fernando Torres da secretaria [de Desenvolvimento Urbano] para a votação. Os cinco deputados do PSD vão votar no Rodrigo Maia e em Lúcio. Não iria constranger a posição do deputado Robinson [Almeida] e pedir para ele votar conosco”, disse, sobre o fato de o suplente ser do PT.

Apesar da aliança com os opositores ao governo petista baiano nas disputas nos Legislativos estadual e federal, Otto voltou a descartar qualquer aproximação ou combinação com uma candidatura contrária em 2018. “Somos da base, vamos permanecer na base e, ao que me conste, só existe uma candidatura posta até o momento, que é a do governador Rui Costa”, considerou.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.