Publicado em 13/05/2016 às 16h00.

Padilha diz que Temer não conseguiu indicar mulheres em ministério

De acordo com o ministro-chefe da Casa Civil, a ausência do sexo feminino na composição do primeiro escalão se deve exclusivamente aos partidos

Agência Estado
13/05/2016 - Brasília - DF, Brasil - Temer inicia primeira reunião ministerial de seu governo. Foto: Isaac Amorim/MJ
Temer e os auxiliares mais próximos, todos do sexo masculino (Foto: Isaac Amorim/MJ)

 

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que a ausência de mulheres na composição do Ministério do presidente em exercício Michel Temer se deve por uma responsabilidade dos partidos. “A composição de ministério foi feita a partir de sugestão de partidos”, disse. “Em várias funções nós tentamos buscar mulheres, mas não foi possível”.

A medida foi bastante criticada por interlocutores da presidente afastada Dilma Rousseff. E a própria Dilma destacou que o impeachment contra ela era preconceito de gênero. “Não houve até agora a possibilidade de indicar mulheres”, reiterou Padilha.

O ministro da Casa Civil disse, que em alguns casos, apesar de não terem sido nomeadas para o comando de ministérios, haverá mulheres em cargos importantes, como chefia de gabinete. Segundo ele, o núcleo político do governo e o próprio Temer continuarão buscando indicações para trazer mais mulheres para o governo. “Vamos incrementar a solicitação de que os partidos tragam mulheres para postos similares a status de ministério”, disse.

Base parlamentar – Indagado como o governo, classificado como transitório pelo presidente em exercício Michel Temer, iria conseguir base parlamentar para aprovar projetos impopulares no Congresso, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse ter “consciência que, se o poder Executivo pensar em mudar sozinho, vamos comprometer o amanhã”.

Padilha lembrou que o governo foi imaginado para atender aos pedidos da sociedade, que foi às ruas e cobrou um Estado “sem corrupção e eficiente”. Por isso, para ele, “a dificuldade hoje é de consciência coletiva, e a solução será coletiva”, disse numa referência ao apoio do Congresso para a aprovação das medidas de ajuste.

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