Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.
Para Neto, quanto menos campanha, melhor. Ele só tem a ganhar
Em 2016, serão apenas 45 dias de embate. Neto sabe da vantagem e tira proveito
Frase da vez
“Como as coisas andam, a política nada mais é que corrupção”
Jonathan Swift, escritor irlandês (1667 —1745)
Deus e o mundo sabem que ACM Neto é candidato à reeleição, mas ele nunca admitiu. Sequer fala do assunto e os seus interlocutores, mesmo aliados, também não ousam nem conversar sobre o vice. Só esperam o comando do ‘chefe’.
Ora, a equação é simples. Em 2016, as campanhas eleitorais serão mais curtas no tempo e no dinheiro. São apenas 45 dias de embate, ele sabe da vantagem e tira proveito.
Aliás, quem está na máquina já leva uma baita vantagem. Mais ainda num cenário como o de Salvador, em que ele sequer tem, até agora, adversários competitivos.
E do segundo, a falta de recursos dada à proibição da doação privada de campanhas, já disse a todos, incluídos candidatos a vereador:
– Se virem. Porque não vamos ter dinheiro. E vocês só vão me ver falando de campanha depois de 15 de agosto. Antes, nada. Não trato do assunto A campanha é curta e o dinheiro também.
BRT 1
Neto e o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, selaram a liberação da primeira parcela para o financiamento do BRT, algo em torno de R$ 108 milhões, fora outros R$ 300 milhões já assegurados, de um total de R$ 500 milhões pretendidos..
O Ministério das Cidades concordou em fatiar a obra em duas etapas, uma do Iguatemi até o Lucaia e outra daí até a Lapa.
Neto diz que vai preferir fazer de trás para frente, ou seja, do Iguatemi para a Lapa, o que inclui dois complexos de viadutos, um na Avenida ACM, nas proximidades da confluência com o Parque da Cidade, e outro no Lucaia-Garibaldi.
— Se tudo correr como esperamos, acho que faremos a licitação da obra ainda este ano.
BRT 2
O BRT foi motivo de sucessivas promessas feitas por Dilma a Neto, inclusive, com uma negociação que levou os quatro deputados do DEM baiano a votar a favor de um reajuste do governo.
Dilma não cumpriu, Neto se sentiu traído, embora nem tanto. O negociador da época, em favor de Dilma, foi Temer, agora presidente. Aí, a coisa andou rápida:
— Foi Geddel. Ele correu atrás.
Alice na fita
O PCdoB fechou questão: a deputada Alice Portugal é candidata a prefeita e ponto final.
Isso sepulta as chances de a banda governista formar uma chapa entre ela e a senadora Lídice da Mata.
Lídice, que ficou de responder se topa ou não depois do São João, já disse que não gostaria de bater chapa com a amiga Alice.
SOS Elinaldo
Líder nas pesquisas em Camaçari, mas enroscado com a Justiça por conta de envolvimento com o jogo do bicho, o vereador Antonio Elinaldo (DEM) descartou a ajuda que estavam querendo lhe dar.
Ele é o segundo suplente de deputado da coligação de Paulo Souto e pretendiam que dois titulares se afastassem para ele assumir o mandato. Ganharia foro privilegiado e disputaria em paz, mas Elinaldo descarta:
– Não tenho interesse. Vou permanecer vereador e candidato.
Palanque dividido
Desde que Michel Temer assumiu a Presidência, pela primeira vez um conjunto do Minha Casa Minha Vida foi inaugurado. O palanque, antes exclusivo dos petistas, foi dividido entre Rui Costa de um lado, ACM Neto, Geddel e Gilberto Occhi, presidente da Caixa, de outro.
A separação ocorreu nos realeases do governo e da prefeitura de Salvador.
O fato era o mesmo, mas pelos atores listados num e noutro, nem parecia.
O do governo só Rui Costa. O da prefeitura, Neto, Geddel e Occhi.
Bobagem zero
Após a queda do ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, o site da revista Época publicou que o próximo será Geddel (Governo).
Um repórter perguntou a Geddel ontem o que ele achava disso:
— Não comento bobagens.
O foco de Muniz
Com menos de um mês que assumiu o Senado na vaga de Walter Pinheiro (está na Secretaria de Educação do Estado), Roberto Muniz (PP) já arranjou espaços e definiu um foco.
Está em cinco comissões, mas vai botar força mesmo na Infraestrura, sua predileção.
— O Brasil tem um déficit em infraestrutura que dá um prejuízo de R$ 150 bilhões.
E como vai votar no impeachment?
— Ainda estou avaliando.
Foguetes para Rui
A pesquisa do Instituto Paraná, encomendada pela Itapoan/Record, foi recebida com festa pelos aliados de Rui Costa, que aparece com 61% de avaliação positiva. Dizem eles que, com a crise econômica e política, é uma vitória.
Aliás, caso é raro entre os governadores. A maioria está em bancarrota.
Embate grapiúna
Na lista suja do TCE, junto com o seu adversário histórico, Geraldo Simões (PT), Fernando Gomes (DEM), ex-prefeito de Itabuna, diz que está no páreo para a disputa deste ano, para o que der e vier:
— Esse problema atinge quem é ladrão. Não é o meu caso. O problema lá é de falta de documentação. Quem trabalha com gente sempre corre esse risco.
Os novos
Fernando Gomes também ataca os novos pretendentes, Augusto Castro (PSDB) de um lado e Davidson Magalhães (PCdoB):
— Não deu certo. Eu botei um (Capitão Azevedo) foi um fracasso. Veio outro (Vane, o atual prefeito), uma tragédia.
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