Publicado em 22/04/2019 às 11h17.

Páscoa muito ajuda no renascer do cacau

A incorporação do chocolate, acredita-se, veio dos confeiteiros franceses. Seja como for, o cacau agradece

Levi Vasconcelos

A Páscoa, a mais antiga festa cristã, que celebra a ressurreição de Cristo três dias após a crucificação, também contribui com suas ressurreições na Bahia, a da lavoura cacaueira, quase morta após a tragédia da vassoura de bruxa, a vilã no caso.

O ovo significa o nascer da vida. Na antiguidade o presente era ovo de galinha (naquela época galinha era joia rara), a incorporação do chocolate, acredita-se, veio dos confeiteiros franceses. Seja como for, o cacau agradece.

Reação lenta

Marcos Lessa, idealizador e tocador do Festival do Chocolate, que acontece em Ilhéus em junho, diz que todo mundo dobra a produção, ou seja, amplia em 100%, um bom pique nas 20 toneladas da produção anual:

— Temos 70 marcas de chocolate, 60 aqui na região e outras 10 mais lá para o Baixo Sul. Elas crescem a uma média de 20% ao ano.

Poderia ser melhor. Anualmente Ilhéus faz o Aleluia em Ilhéus, uma festa em que o ovo de Páscoa de chocolate ganha (ou ganhava) o seu dia maior, criando um atrativo a mais, no embalo da Semana Santa, para o turismo ilheense.

Mas a terra de Gabriela vive momentos ruins com a desastrada administração do prefeito Mário Alexandre (PSD), o Marão, e há três anos a festa não acontece.

Nem por isso o crescimento da indústria do chocolate para. Marcos Lessa diz que a resposta é lenta, com uma vantagem: a ressurreição do cacau é lenta, mas só amplia.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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