Publicado em 26/10/2017 às 13h40.

Pastor Luciano não votou contra Temer por causa de Moro; entenda

Segundo suplente da coligação precisa esperar autorização do juiz federal para assumir o mandato no lugar de Tia Eron (PRB)

João Brandão

Suplente de deputado federal, Pastor Luciano Braga (PRB) não votou na segunda denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), nesta quarta-feira (25), por causa de um trâmite burocrático da Câmara.

Por ser o segundo reserva da coligação DEM/ PMDB/ PSDB/ PTN/ SD /Pros /PRB /PSC – já que a titular Tia Eron havia voltado para a Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps) da prefeitura de Salvador –, o parlamentar precisava esperar uma resposta, por escrito, do juiz Sergio Moro sobre a posse do primeiro substituto, Luiz Argôlo (SD), que está preso na sede da Justiça Federal, em Curitiba, no âmbito da Operação Lava Jato.

Contatado pelo bahia.ba, Braga, que votou a favor do peemedebista na apreciação da primeira acusação formal, disse que “já era demais” votar de novo pró-Temer. “Queria muito ter podido expressar meu voto ontem. Eu votaria a favor da [continuidade da] denúncia”, afirmou.

Procurada pela reportagem, a assessoria da Câmara confirmou o rito e informou que a resposta do magistrado sairá nas próximas horas.

Durante a votação, que culminou em mais uma vitória do Palácio do Planalto, entre ausências, abstenções e votos válidos, somou-se 512 deputados dos 513 que compõem a Casa. Justamente a vaga deixada por Eronildes Vasconcelos.

Além de Braga, outro deputado do PRB baiano também não votou. Marcio Marinho alegou problemas de saúde e não compareceu à votação. A falta de votos da bancada baiana a favor do presidente fez com que Eron, presidente da legenda no estado, perdesse a indicação de um cargo no Banco do Nordeste para Ronaldo Carletto (PP), que integra a base do governador Rui Costa (PT) e aspira uma vaga na chapa majoritária do petista em 2018.