Publicado em 21/05/2019 às 09h32.

Peça contra Cezar Leite foi assinada por mais de dez vereadores, diz Aleluia

Em texto postado no Facebook, o tucano disse receber com “estranheza” a ação do democrata, a quem acusa de censura

Rodrigo Aguiar

 

 

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Fotos: Tiago Cruz / bahia.ba

 

De autoria do vereador Alexandre Aleluia (DEM), a representação contra o vereador Cezar Leite (PSDB) no Conselho de Ética da Câmara de Salvador, que pode resultar até mesmo na cassação do tucano, foi assinado por mais de dez vereadores, entre eles o líder do governo na Casa, Paulo Magalhães Jr (PV).

Também assinaram a peça os democratas Demétrio Oliveira, Alex Mine e Maurício Trindade, além de Sérgio Nogueira (PSDB), Henrique Carballal (PV) e Marcelle Moraes, informou Aleluia.

O autor da representação acusa dois assessores de Cezar de produzir fake news e praticar crimes contra a sua honra. Um dos alvos é Siqueira Costa Jr, assessor de Cezar e líder do Movimento Brasil Livre (MBL) na Bahia.

O democrata cita dois casos: um card no qual ele e outros vereadores são acusados, junto com deputados federais do DEM, de “atrapalhar o governo Bolsonaro”, e um vídeo no qual Siqueira o chama de “vagabundo” e o acusa de utilização da máquina pública.

Em texto postado no Facebook, Cezar disse receber com “estranheza” a ação do democrata, a quem acusa de censura.

“O vereador ao se sentir atacado em sua honra, difamado, ou algo do tipo, tem o direito de entrar com processo por difamação na justiça e aguardar o devido processo legal contra quem o difamou. Mas, nós que lutamos pela liberdade de expressão não podemos calar ou censurar nenhum movimento ou força política, pois foi contando com a natureza dessas pessoas que militam e vão para ruas, que começamos a transformação do país”, escreveu o tucano.

Em entrevista ao bahia.ba, Aleluia negou querer censurar Siqueira, com quem discutiu nas redes sociais. “Me chamar de vagabundo, de moleque. Isso é liberdade de expressão? É agressão, é crime. Assim como criar um card sem assinatura, dizendo que eu trabalho contra o Brasil. E se ele [Cezar] nada faz, está sendo negligente com o mandato. Não quero perseguir ninguém. Ele não pode alegar que não controla ninguém. Pode orientar e, a depender da postura do assessor, exonerá-lo”, afirmou.

Em sua postagem, Cezar apontou ainda o entrevero com Aleluia como parte de uma suposta articulação para derrubá-lo.

“Inicialmente houve uma articulação para retirar minha liderança do PSDB, depois um projeto já passado nas comissões para votar pela Ordem do Dia foi retirado de pauta no momento da votação, pelo líder do governo, por pedido de um “técnico” do executivo! E agora, pelo acima relatado, utilizam tal argumento para representação na Corregedoria com intuito de cassação de mandato!”, escreveu.

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