Publicado em 18/04/2017 às 11h08.

Peemedebistas articulam saída em massa do partido

Pelo menos seis parlamentares admitem que já conversaram com líderes de outras legendas; motivos seriam impopularidade da agenda governista e ausência de estratégias

Redação
Foto: Marcos Corrêa/PR
Foto: Marcos Corrêa/PR

 

A lista de Fachin, as reformas da Previdência e trabalhista e a baixa popularidade do presidente Michel Temer (PMDB) geram um efeito negativo dentro do partido governista. Conforme reportagem publicada no Estado de São Paulo desta terça-feira (18), pelo menos seis dos 64 integrantes da bancada, a maior da Câmara, admitem que já conversaram com outras siglas para onde possam migrar.

Ainda de acordo com grupo, o número de interessados em deixar a legenda é bem maior, mas por enquanto preferem manter as articulações sob sigilo. O próximo período previsto para mudança partidária sem risco de perda de mandato é março de 2018, seis meses antes das eleições.

Entre os argumentos apresentados para a saída coletiva estão os efeitos da Operação Lava Jato no eleitorado, reforçado pela lista de inquéritos autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, com base nas delações da Odebrecht, que atingiu oito ministros. Dos 98 investigados da lista, 17 são do PMDB. A agremiação só fica atrás do PT, que tem 20 investigados.

O movimento é mais forte no Rio de Janeiro, mas também afeta as bancadas do Paraná e Minas Gerais. O vice-presidente nacional do PMDB, o deputado João Arruda (PR), admitiu que mantém conversas com o PDT. “A verdade é o seguinte: o projeto do PMDB hoje é terminar o mandato do Michel. O PMDB não tem projeto para depois desse governo. Não tem projeto para eleger governadores, presidente, enquanto outros partidos têm projeto definido”, disse.

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