Publicado em 21/03/2016 às 11h13.

‘Perdeu capacidade de gestão’, diz Rui Costa sobre governo Dilma

O governador da Bahia ainda avisou que no final do mês de março vai anunciar o nome da oposição a prefeito de Salvador

João Brandão
(Foto: Alberto Coutinho/GOVBA)
(Foto: Alberto Coutinho/GOVBA)

 

O governador da Bahia, Rui Costa (PT) admitiu, pela primeira vez, que o governo federal pecou na política econômica. “Se alguém me perguntar, eu digo que, do ponto de vista econômico, o governo é muito lento. Há uma necessidade do enxugamento da máquina pública federal. A Codevasf [Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba], a Infraero [Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária] não têm mais sentido. Não pode ser o ‘liberou geral’ ou o ‘trancou tudo’”, disse o chefe do Executivo baiano à Rádio Metrópole, nesta segunda-feira (21).

O petista ainda afirmou que, durante o mandato, Dilma cometeu erros. “Um grande erro dela foi ter acreditado que o mercado iria usar a renúncia fiscal que ela fez. Ela abriu mão de meio trilhão, isso não foi usado em redução de preço. Prejudicou os municípios e os estados. Houve uma renúncia fiscal de meio trilhão e não houve a contrapartida esperada. Ela perdeu muito. A crise de 2009 que pegou a Europa atingiu boa parte do planeta, o Brasil conseguiu adiar. O governo perdeu capacidade de gestão. A economia precisa mudar, precisamos ser cirúrgicos e tomar medidas que geram emprego e renda”, enfatizou.

Final de março – Rui ainda avisou que as reuniões para definir o nome da oposição à eleição a prefeito de Salvador se intensificaram após o seu retorno de viagem à China. Segundo ele, o nome do candidato que vai enfrentar o prefeito ACM Neto (DEM) vai ser divulgado até o fim do mês. Ele pontuou algumas obras do governo do Estado na capital baiana para justificar a força do PT no pleito municipal.

“Desde o governo Jaques Wagner, é o maior investimento que estamos fazendo na história dessa cidade: o complexo viário de viadutos, o metrô, a obra da Avenida Gal Costa, que está concluída também, o túnel que está passando embaixo da Paralela. […] Teremos grandes corredores. O viaduto do bairro da Paz eu inauguro em abril e, em seguida, vamos encaminhar a pista da Avenida 29 de março”, listou.

Interior – O governador também analisou o cenário no interior baiano para e eleição de outubro. Para ele, a missão para Camaçari é de “aparar as arestas” dentro do grupo do deputado federal Luiz Caetano – pré-candidato petista na cidade – e do atual gestor Ademar Delgado, que migrou para o PCdoB após desentendimentos com o antecessor. “Eu cheguei lá aos 17 anos, conheci o Polo. A cidade era um absurdo e, durante décadas, era incompatível o nível de riqueza que tinha ali. Hoje, Camaçari muda. Ela tem um tamanho geográfico do tamanho de Salvador, uma forte expansão urbana. Tem que continuar com o ritmo de desenvolvimento, mas estamos conversando. Ali tem que ter muita conversa”, opinou.

Já em Feira de Santana, o caminho deve ser a candidatura de mais de um nome de oposição ao prefeito José Ronaldo (DEM). “Em Feira, deve ter Zé Neto e outros candidatos”, completou.

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