Publicado em 19/07/2017 às 07h59.

PF aponta indícios de corrupção no TCU; ministro baiano está envolvido

Delatores da Lava Jato acusam Tiago Cedraz, filho de Aroldo, de receber R$ 1 milhão para influenciar julgamento em favor da construtora UTC

Redação
Aroldo Cedraz (Foto: Jane de Araújo/ Agência Senado)
Aroldo Cedraz (Foto: Jane de Araújo/ Agência Senado)

 

A Polícia Federal apontou indícios de que o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Raimundo Carreiro, e o também ministro da Corte, o baiano Aroldo Cedraz, fariam parte de um esquema de corrupção para favorecer a empreiteira UTC em um processo relacionado às obras da usina de Angra 3, no Rio.

De acordo com o jornal Estadão, a delegada Graziela Machado da Costa e Silva sustenta no relatório conclusivo sobre a investigação que as provas colhidas corroboram declarações de cinco delatores da Lava Jato, que mencionaram pagamento de R$ 1 milhão ao advogado Tiago Cedraz, filho de Aroldo, para que conseguisse influenciar no julgamento.

O inquérito da PF elenca documentos e mensagens que indicariam a atuação de Tiago em suposto tráfico de influência perante membros do TCU entre 2012 e 2014.

Informa ainda que milhares de ligações foram feitas entre telefones atribuídos ao advogado e os gabinetes de Aroldo Cedraz e Raimundo Carreiro, parte delas em dias relevantes da tramitação do processo, o que demonstraria seu “acesso” aos ministros e seus assessores.

As conclusões foram enviadas à Procuradoria-Geral da República, que decidirá sobre a eventual denúncia contra Carreiro, Cedraz e o filho.

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