Publicado em 01/12/2015 às 16h00.

“Prefeitura tentou politizar acidente na Fenagro”, diz Gilmar Santiago

Após a morte de um cavalo, a Sucom tentou interditar o evento por falta de alvará. Governo do Estado ordenou a continuidade para não prejudicar economia baiana

Redação

A interdição da Fenagro 2015 pela Secretaria Municipal de Urbanismo por falta de alvará, nesta segunda-feira (30), após um cavalo Mangalarga Marchador ter morrido eletrocutado no último domingo (29), causou desentendimentos entre políticos aliados ao governo do Estado e à prefeitura de Salvador.

Nesta terça (1º), o vereador Gilmar Santiago (PT) disse que houve uma tentativa do Executivo Municipal em politizar o fato, além de um “surto de autoridade” por parte da Sucom.

“Surto que não se vê na liberação de licenças ambientais para a construção de espigões na Barra e na Vitória e de um posto de gasolina em uma Área de Proteção Ambiental”, acusou o petista.

Gilmar se refere à operação Verde Limpo,  do Ministério Público da Bahia (MP-BA), que na semana passada cumpriu cinco mandados de prisão, quatro de condução coercitiva, quando o investigado é obrigado a depor, e quatro de busca e apreensão em combate a um esquema de fraudes em processos de licenciamentos ambientais e autuações ilegais na prefeitura, iniciado na época da extinta Secretaria Municipal de Urbanismo e Transporte (Semut).

A interdição, no entanto, não ocorreu. O governador Rui Costa (PT) anunciou que o evento deveria continuar e que a Secretaria de Agricultura do Estado (Seagri), junto com o órgão municipal, iria resolver o problema para não causar prejuízos à continuidade da Feira.

“O mais importante é que seja estabelecido um acordo para não prejudicar o agronegócio baiano”, disse o governador, afirmando ainda que a Fenagro deve movimentar cerca de R$ 100 milhões para a economia baiana até a próxima quarta (6), quando a programação será encerrada .

Em entrevista à Rádio Metrópole na manhã desta terça, o secretário municipal de Urbanismo, Sílvio Pinheiro, comentou a declaração do governador. “Por mais importante que seja [a Fenagro], não pode sobrepor a segurança. A prefeitura tinha que fazer o papel. Nosso objetivo é resolver a questão”, ponderou.

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