Publicado em 06/06/2016 às 17h04.

Presidente da comissão recua e mantém 15 dias para defesa de Dilma

O senador Raimundo Lira (PMDB-PB) voltou atrás, nesta segunda-feira (6), da decisão de reduzir em 20 dias o prazo de tramitação do processo de impeachment

Redação
Senador Raimundo Lira (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Senador Raimundo Lira (Antonio Cruz/Agência Brasil)

 

O presidente da comissão especial do impeachment, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), voltou atrás, nesta segunda-feira (6), da decisão de reduzir em 20 dias o prazo de tramitação do processo da presidente afastada Dilma Rousseff.

O cronograma havia sido proposto pelo relator do processo, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). Na última sexta (3), a defesa da petista, representada por José Eduardo Cardozo, recorreu da decisão do tucano.

Com o recuo do presidente do colegiado, para as alegações finais tanto para a acusação quanto para a defesa será de 15 dias cada um. O cronograma da votação do parecer da comissão no plenário ficará para início de agosto, conforme a previsão inicial. Segundo Raimundo Lira, a decisão de recuar não tem a ver com pressões externas. Ele acrescentou que a decisão foi “absolutamente pessoal” e foi baseada no impeachment do ex-presidente Fernando Collor, que teve 15 dias para alegações finais da defesa e 15 dias para acusação.

“Não posso negar que uma reflexão filosófica me fez involuir em minha decisão. Não me senti confortável em confrontar o cronograma do relator [Antônio Anastasia] e diminuir o prazo. […] Era razoável que a defesa trabalhasse com o precedente de 1992 [do impeachment do Collor]”, explicou Raimundo Lira ao portal G1.

“Quero dizer aqui, aos senhores senadores, mais uma vez que essa decisão foi absolutamente pessoal. Não podemos aceitar aqui qualquer tipo de pressão, porque isso desvirtuaria o trabalho e o bom funcionamento da comissão”, completou o presidente da comissão.

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