Preso pela PF, ex-Transpetro doou ao PT no ano de reeleição de Wagner
A contribuição ao comitê financeiro petista foi feita por meio de dois cheques de R$ 1 mil, ambos no dia 23 de setembro de 2010, segundo dados da Justiça Eleitoral
Alvo da Lava Jato nesta terça-feira (21), o ex-gerente da Transpetro José Antônio de Jesus, conhecido como “Zangado”, doou R$ 2 mil ao comitê financeiro do PT em 2010, ano em que Jaques Wagner, atualmente secretário estadual de Desenvolvimento Econômico (SDE), se reelegeu governador da Bahia.
A contribuição foi feita por meio de dois cheques de R$ 1 mil, ambos no dia 23 de setembro de 2010, segundo dados da Justiça Eleitoral.
De acordo com a emissora de TV por assinatura Globo News, um dos ex-executivos da NM Engenharia relatou, em delação premiada, que Jesus seria próximo a Wagner, conforme informações que corriam na “rádio peão”, de acordo com o delator.
Atualmente aposentado, o ex-gerente da Transpetro foi preso temporariamente por decisão do juiz Sérgio Moro, após pedido do Ministério Público Federal (MPF).
Em delação premiada, Luiz Fernando Maramaldo, da NM, afirmou que, em meados de 2009, foi procurado por Jesus, à época gerente de Suporte Norte-Nordeste, que teria solicitado o pagamento de 1% do valor dos contratos da empresa de engenharia com a Transpetro.
“Segundo Maramaldo, ao informar José Antônio de Jesus de que já fazia pagamentos de propina para Sergio Machado, então Presidente da Transpetro, Jose Antonio de Jesus rebateu, informando que a propina de Sergio Machado era para o PMDB, e que a dele, Jose Antonio de Jesus, era destinada ao PT, motivo pelo qual ambas não eram excludentes e deveriam ser pagas de forma concomitante”, diz o MPF.
A assessoria da SDE, secretaria comandada por Wagner, informou que não se manifestaria sobre o assunto.
O presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação, negou inicialmente qualquer contribuição do ex-gerente da Transpetro à legenda e disse que a relação de Jesus com o partido não era boa. “Ele queria ser o gerente da Refinaria Landulpho Alves, aí não teve apoio de sindicato, de deputados, e soube que isso irritou ele”, declarou.
Posteriormente, ao ser informado da doação feita em 2010, o dirigente afirmou que desconhecia qualquer contribuição desde que assumiu a presidência do partido.
“Eu presido o partido desde 2014. Desconheço qualquer contribuição dele. Se nada foi contestado e as contas aprovadas, é porque não tem ilegalidade”, disse.
Já o PT nacional, por meio de nota, acusou a Lava Jato de “fazer guerra judicial e midiática contra o partido”. “Mais uma vez a Lava Jato busca os holofotes da mídia para fazer acusações ao PT, sem apresentar fatos para comprovar o que diz”.
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