Publicado em 13/06/2016 às 06h30.

Presos, Dirceu e Vaccari propõem ‘leniência partidária’ ao PT

A ideia teria surgido do próprio Dirceu e foi apresentada a pelo menos dois deputados do partido e a dois advogados

Redação
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil/Fotos Públicas)
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil)

 

O ex-ministro José Dirceu e o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, presos pela Lava Jato desde o ano passado, sugeriram a correligionários que a sigla faça um acordo de “leniência partidária”, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo.

Segundo relatos de pessoas que estiveram com os petistas em maio, a ideia teria surgido do próprio Dirceu e foi apresentada a pelo menos dois deputados do partido e a dois advogados que confirmaram ao jornal terem abordado o tema com os petistas.

“Não sei se foi o Dirceu quem pensou nisso, mas ele defende. Pensamos nessa possibilidade e em outras. A ideia é passar uma régua na história do PT, assumir a culpa e fazer com que isso se reflita nas pessoas físicas”, disse o advogado do ex-ministro na Lava Jato, Roberto Podval, à reportagem

A proposta consistiria em um acordo, conforme o modelo de leniência feito por empresas, em que elas assumem crimes e são condenadas a pagar multas. Em troca, mantêm a possibilidade de fazer contratos com o governo e seus executivos podem aderir ao acordo, com diminuição de pena ou até perdão judicial. A maior diferença entre leniência e delação é que a primeira é feita com empresas e a segunda com pessoas físicas.

A medida teria o objetivo de incluir, não só o PT, mas todas as siglas comprometidas na Lava Jato. A ideia é que a negociação seja comandada pela presidência da cada legenda, que faria um relatório com informações reveladas aos procuradores, inclusive com fatos ditos por Dirceu e Vaccari.

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