Publicado em 05/07/2016 às 18h56.

PSB resiste em coligar com o PT nas proporcionais

Entendimento é de que os socialistas seriam prejudicados, já que os petistas têm pelo menos cinco nomes fortes para disputar cadeiras da Câmara de Vereadores

Ivana Braga
Foto: Marcos Oliveira/ Agência Senado
Foto: Marcos Oliveira/ Agência Senado

 

Apesar de o PT já ter anunciado o apoio à candidatura da senadora Lídice da Mata (PSB) à prefeitura de Salvador e aprovado coligação na disputa proporcional, os socialistas ainda não fecharam questão sobre o assunto. Pelo menos é o que diz o secretário geral da legenda, Domingos Leonelli. Ele admite que há um pré-acordo em relação ao apoio dos petistas à candidatura da senadora, mas adianta que ainda não houve entendimento quanto à coligação proporcional. “Essa questão ainda é pauta de discussão. É difícil para o PSB aceitar a coligação proporcional”, pondera Leonelli.

Ele explica a razão com a afirmação de que o PT tem cinco ou seis candidatos fortes. O PSB quer conquistar pelo menos três cadeiras na Câmara Municipal e tem o atual vereador Silvio Humberto e o ex-deputado Capitão Tadeu Fernandes como nomes mais fortes. A coligação PT/PSB dificulta os planos dos socialistas de alcançar o objetivo. Segundo Leonelli, nem Lídice nem o PSB estavam preparados para uma chapa proporcional.

A senadora tem dito que ainda não definiu que irá concorrer . Leonelli confirma que, embora o partido já tenha um acordo com o PT em relação à chapa majoritária, a definição da candidatura de Lídice só será possível após o entendimento sobre a proporcional. Ele lembra ainda que há perspectiva de outras legendas, como o PTN, se somarem ao projeto. “A proposta do PT é fortalecida pelo PTN. Essas questões ainda estão sendo alvo de discussão. Só podemos anunciar uma posição quando fecharmos um entendimento total. Esperamos que isso aconteça até sexta-feira (8) “, estima o dirigente socialista.

Plano B – Foi justamente a resistência do PCdoB em coligar nas proporcionais com o PT que dificultou as negociações entre as duas legendas em torno da candidatura da deputada federal Alice Portugal (PCdoB), embora fontes petistas assegurem que a cúpula do partido sinalizava em favor da senadora Lídice da Mata, posição defendida também pelo governador Rui Costa.

Questionado sobre a possibilidade de o partido apoiar a candidatura de Alice, caso o PSB não lance candidatura própria, Leonelli diz que o partido não tem nenhum problema em marchar ao lado da comunista, embora entenda que o nome de Lídice seria mais forte para enfrentar o prefeito ACM Neto, a fim de empurrar a disputa eleitoral para o segundo turno. “O PSB não discutiu essa alternativa. Na verdade, não temos nem mesmo um plano A, quanto mais um plano B”, diz o secretário socialista.

Ele concorda que a divisão das candidaturas prejudicaria as duas postulantes. Leonelli admite que Lídice e Alice, embora a base eleitoral de cada uma seja diferenciada, tiram voto uma da outra. “O ideal seria uma candidatura única”, ressalta.

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