Publicado em 13/04/2016 às 14h31.

PT tenta barrar no STF chamada por região na votação do impeachment

Vice-líder da bancada governista na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS) sugere ação judicial no Supremo pedindo que seja usado o critério da ordem alfabética

Agência Estado
Brasília - Entrevista do deputado Henrique Fontana, vice-líder do PT, na Câmara dos Deputados. (Antônio Cruz/Agência Brasil)
Fontana: ‘É mais uma ilegalidade’ (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

 

Vice-líder da bancada do PT na Câmara, o deputado Henrique Fontana (RS) defendeu nesta quarta-feira (13) que os governistas entrem com uma ação judicial no Supremo Tribunal Federal pedindo que a ordem de chamada dos deputados na votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff seja alfabética e não por região (começando pelos parlamentares dos estados do sul do país).

“É mais uma ilegalidade. O presidente Eduardo Cunha (presidente da Câmara dos Deputados) é o líder do golpe. O critério republicano é a ordem alfabética”, pregou. O parlamentar disse que os governistas estão preparando medidas para garantir a isenção do processo de votação. Ele também condenou a votação no domingo e disse ver risco de conflagração social.

Fontana afirmou que a base aliada vai pressionar o presidente da Casa a oficializar sua decisão nesta quarta. Cunha já divulgou todo o cronograma da votação no fim de semana, mas ainda não confirmou oficialmente o critério que adotará na votação nominal, embora já tenha informado os líderes de sua decisão. O petista acusou o peemedebista de usar prazos conforme os “interesses do golpe”. “Ele está abrindo mão de um critério isento e republicano para decidir mais uma decisão deste tribunal de exceção”, afirmou.

Clima – O vice-líder era um dos poucos petistas na Casa nesta manhã. Parlamentares se reuniram em grupos para traçar uma estratégia que impeça o andamento do impeachment da presidente da República. “É um clima muito difícil”, confidenciou um petista. O deputado reclamou da falta de liderança do partido, da bancada e do próprio governo às vésperas da votação.

O discurso oficial é de que a oposição não tem os 342 votos necessários para aprovar o impeachment. Eles admitem que também não têm os 172 favoráveis ao governo. A ordem é que os petistas mapeiem os votos de seus estados e façam o corpo a corpo com os indecisos. “Até domingo, tem de trabalhar. O cenário está disputado”, resumiu o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG).

 

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