Publicado em 22/09/2016 às 11h28.

Repasse de Eike ao PT foi entregue ao casal Santana, diz MPF

Mônica Moura foi citada por empresário como a receptora de R$ 5 milhões no interesse do PT

Redação
Foto: Rodrigo Félix leal/Futura Press/Estadão Conteúdo
Foto: Rodrigo Félix leal/Futura Press/Estadão Conteúdo

 

O procurador da Lava Jato, Carlos Fernando dos Santos Lima, afirmou nesta quinta-feira (22), durante coletiva para a imprensa, que os pagamentos feitos pelo empresário Eike Batista ao PT a pedido do ex-ministro Guido Mantega, investigado na 34ª fase da Operação Lava Jato, foram operacionalizados por Mônica Moura, mulher do marqueteiro do PT, João Santana.

Conforme o procurador, Eike Batista foi ouvido anteriormente como testemunha, não como colaborador. “Ele prestou as informações que desejava. Neste momento, ele revelou o pedido de Guido Mantega, operacionalizado, segundo ele, pela marqueteira Mônica Moura. Isso foi mais tarde operacionalizado com um contrato com uma empresa de Eike”, disse Carlos Fernando.

Segundo detalhes das informações prestadas, Mônica indicou primeiramente a conta da Polis Caribe para ser receptora desses valores e depois foi feito um segundo contrato com a Shellbill. “Ambas são sabidamente do casal Santana, a Shellbill também é sabidamente do casal Santana. Os valores chegaram na mão do casal Santana”, afirmou.

Pagamento para o PT – Segundo a força-tarefa da Operação Lava Jato, Eike Batista declarou que em 1º de novembro de 2012 recebeu pedido de Mantega, então ministro e presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, para que fizesse um pagamento de R$ 5 milhões, no interesse do PT. Mantega é suspeito de atuar para arrecadar propinas para o PT em 2012 em contratos de duas plataformas, P67 e P70.

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