Publicado em 16/12/2015 às 16h39.

‘Sem Cunha e golpe, retomamos a estabilidade’, diz chefe petista

Para o presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação, ainda é cedo para fazer avaliação eleitoral: "O impacto eleitoral só a sociedade vai poder julgar"

Luís Filipe Veloso
Foto: Luís Filipe Veloso/ bahia.ba
Foto: Luís Filipe Veloso/ bahia.ba

O comandante do PT na Bahia, Everaldo Anunciação, admite que o ano de 2015 foi difícil para a legenda, mas aposta que com uma possível cassação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o “fim da tentativa de golpe”, o Brasil vencerá a crise. “Um ano difícil para o PT, para o Brasil e perdemos muito tempo para o Congresso. Acredito que, resolvendo a questão do Cunha, e a tentativa de golpe, retomamos a estabilidade econômica e o crescimento, para combater o desemprego e distribuir renda”, declarou, em entrevista ao bahia.ba.

Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff não cometeu crime de responsabilidade administrativa e há uma tentativa de condená-la pelas pedaladas fiscais. “Estão condenando ela por uma questão fiscal e contábil. Ela pegou dinheiro da Caixa e do Banco do Brasil para pagar Minha Casa, Minha Vida e Bolsa Família, que são conquistas do povo. Diferente do que aconteceu com Cunha, pego com a mão na botija, e confirmado por órgãos internacionais e pela Procuradoria. Então querer tirar Dilma no tapetão, não é outra coisa senão um golpe”, argumentou.

O chefe petista afirma ainda que, apesar da situação difícil do partido, ainda é cedo para fazer uma avaliação das urnas em 2016 e em 2018. Ele cita como exemplo o que diziam as pesquisas nas eleições para governador da Bahia, quando o atual ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, ganhou no primeiro turno para Paulo Souto (DEM), em 2006 e 2010, assim como o seu sucessor, Rui Costa, em 2014.

“É cedo para fazer avaliação eleitoral. É óbvio que existe um impacto sobre o PT, mas do ponto de vista eleitoral pensou-se isso em 2006 e em 2014. O impacto eleitoral só a sociedade vai poder julgar. Estamos em um momento de esclarecimento. Os movimentos reduzidos contra a Dilma no Brasil hoje é uma demonstração de que a sociedade teve mais consciência”, ponderou.

 

 

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