Publicado em 03/11/2016 às 12h08.

Rui confirma ingresso de Wagner no governo e não descarta deixar PT

Governador prometeu anunciar mudanças na administração até o fim do ano; sobre convite de Ciro para o PDT, ele disse que “mudança de legenda não é o essencial”

Evilasio Junior
Foto: Pedro Moraes/ GOVBA
Foto: Pedro Moraes/ GOVBA

 

De volta a Salvador após um curto período na França, o governador Rui Costa (PT) confirmou, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (3), que o seu antecessor e ex-ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, vai ingressar na administração estadual.

O bahia.ba tinha antecipado que seria criada uma espécie de supersecretaria para abrigar o petista e que uma reforma administrativa estava em avaliação. “[Wagner] Vai. Eu estou definindo com ele. Eu estou fazendo algumas mudanças agora no governo e entre essas mudanças estará a inclusão do ex-ministro e ex-governador Jaques Wagner na equipe de governo. Nós estamos definindo essas mudanças e eu anuncio em breve à imprensa, incluindo esta área que o ex-governador e ex-ministro Jaques Wagner irá participar”, assegurou Rui. Há hipótese ainda de o seu padrinho político coordenar o projeto Agenda Territorial da Bahia (AG-TER).

Sobre a situação de Josias Gomes nas Relações Institucionais, ele admitiu que o “desgaste é intrínseco ao cargo”, mas preferiu não adiantar se o deputado licenciado irá mesmo retornar à Câmara Federal. “[Risos] Eu não quero comentar este ou aquele secretário. Cada um tem os aplausos e as pancadas relativas à sua pasta. Eu já fui dessa pasta e vocês são testemunhas do quanto eu apanhei”, afirmou. “Mas nós vamos fazer algumas mudanças ainda este ano, para iniciar 2017 com as mudanças que tinham que ser feitas”, disse o governador.

Em relação ao desejo do ex-ministro Ciro Gomes de levá-lo ao PDT, Rui Costa minimizou a possibilidade de deixar o PT, mas não descartou a hipótese. “Eu ainda não fui convidado. […] Eu acho que as pessoas assistiram muitas vezes àquele filme ‘De Volta para o Futuro’, mas o futuro tem mudado muito rapidamente no Brasil”, ponderou, ao comparar o momento atual ao slogan da Band News FM: “Daqui a dois anos tudo pode mudar. Na política brasileira, sim”.

No entanto, o chefe do Executivo baiano palpitou que a especulação pode ter partido de uma ideia dele, de propor um pacto nacional com outros políticos, a fim de “criar noticias boas para atrair investidores”. “A questão que eu discuto não é mudança de legenda partidária. Acho que isso não é o essencial. Eu penso no que é essencial, na vida das pessoas, na vida dos baianos, e o que eu estou pensando nesse momento é em outra agenda para o Brasil. Eu fiz uma reunião com alguns governadores e nós tiramos como conclusão a busca de senadores e presidentes de partidos que queiram construir uma agenda para o Brasil. Talvez daí tenham surgido as notícias”, reconheceu.

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