Publicado em 19/03/2018 às 20h28.

Rui nega ser centralizador: ‘Não abro mão é de definir estratégias’

O chefe do Executivo baiano defende que governou em período de crise e que foi preciso avaliar de perto as decisões de suas secretarias

Rayllanna Lima
Foto: Reprodução/Facebook
Foto: Reprodução/Facebook

 

O governador Rui Costa (PT) negou na noite desta segunda-feira (19) que seja centralizador, respondendo às críticas que recebe sobre seu governo, de que não dá autonomia para seus secretários e assessores.

“O que eu não abro é mão de definir coisas estratégicas. Como assumi em um momento de crise, em 2015, não podia pulverizar recursos. Não centralizo, não seria produtivo ficar olhando qual o delegado vai para qual cidade. Não tenho nem tempo para isso”, afirmou durante o programa Tête à Tête com Angelo Coronel, transmitido pela página do Facebook do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).

A questão polêmica partiu do próprio Coronel (PSD), que já havia chamado Rui de centralizador durante entrevista à uma rádio local. “Estão vendo, secretários, Anselmo [comandante da Polícia Militar], a Segurança Pública tem autonomia. Acho que o governador é aberto, e, muitas vezes, por deficiência de algum quadro, procuram jogar a desculpa no governador”, analisou.

Contudo, o chefe do Executivo baiano revelou que não abre mão de analisar funcionários de segundo escalão. “O secretário, como o governador, às vezes tem função muito de representação. Quem coloca a mão na massa muitas vezes é o segundo escalão. Quando o secretário traz uma função específica e coloca alguém que nunca trabalhou naquela área, aí eu chamo para prestar esclarecimentos”, explicou.

Ainda durante o programa, o Rui Costa comentou um possível apoio do deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB), declarando que “não tem nada contra ele”, mas que não quer o apoio do demista. “Não é meu amigo, nem inimigo. Agora, ele é líder de um partido que há oito anos faz oposição ao nosso processo”, lembrou.

Rui e Coronel ainda ironizaram que o deputado estaria sendo “maltratado” pelo grupo do prefeito ACM Neto (DEM). “É a tese de que usa, usa a pessoa, mas quando acha que não serve mais, descarta”, alfinetou o governador.

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