Publicado em 12/04/2017 às 10h34.

Rui não descarta saída de Torres e ‘acha que’ Duarte permanece

Rui e Otto se reuniram na segunda-feira e Sedur teria sido pauta; Governador minimizou viagem de titular da Seap em meio a fugas no sistema penitenciário

Evilasio Junior
Foto: Mateus Pereira/ GOVBA
Foto: Mateus Pereira/ GOVBA

 

O governador Rui Costa (PT) não descartou a saída do secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Fernando Torres, mas se absteve de comentar as reclamações de outros aliados ao desempenho do recém-empossado titular da Sedur.

Deputado federal licenciado, ele estaria insatisfeito com o seu partido, PSD, desde que não conseguiu legenda para disputar a Prefeitura de Feira de Santana no ano passado e já avisou que em 2018 vai abdicar de Brasília para se candidatar à Assembleia Legislativa. O bahia.ba apurou que, na última segunda-feira (10) Rui recebeu o senador Otto Alencar, presidente estadual da legenda, na Governadoria. Além da aliança para a próxima eleição majoritária, o assunto teria sido pauta do encontro.

“Eu só comento qualquer alteração, como eu sempre faço no governo, quando ela estiver materializada. Eu não comento possibilidades, nem especulações. Eu prefiro não comentar”, despistou Rui, ao ser perguntado pelo bahia.ba, nesta quarta (12), durante a inspeção às obras de ampliação do Sistema de Abastecimento de Água do Reservatório R23, em Salvador.

Em relação ao secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização, Nestor Duarte (PSL), com quem trocou farpas recentemente sobre a “normalidade” da fuga de 25 presos na Mata Escura, o governador confirmou que tinha autorizado com antecedência a sua viagem com a família. Sobre a permanência dele na Seap, o chefe do Executivo baiano disse que “acha que sim”, que ele “continua firme e forte. “Não estava sabendo que ele estava em corda bamba”, ironizou, mas informou que pediu “apuração detalhada do que aconteceu” à pasta da Segurança Pública e voltou a falar em “punir os eventuais responsáveis”.

Lava Jato – O governador comentou ainda a autorização da abertura de inquéritos contra 12 políticos baianos, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, e envio de 22 petições contra outros 19, alguns dos quais seus aliados. “Não há condenação de ninguém. As listas autorizam que as pessoas sejam investigadas, sejam apuradas. […] Não se trata de inocentar nem condenar ninguém previamente. As pessoas exercerão o seu direito de defesa. Vários processos já foram arquivados. […] A minha preocupação apenas é que o país não pare. Não podemos ir nos afundando em cada lista, em cada pedido de investigação que é feito”, disse, ao alertar que se o foco dos brasileiros for apenas a Operação Lava Jato, a paralisação da economia pode criar “um caos social logo, logo”.

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