Publicado em 09/05/2018 às 10h56.

Sem assistência, soteropolitanos que sofrem com lupus pedem socorro

Dos quatro mil diagnosticados em Salvador, pelo menos metade está penando

Levi Vasconcelos

Frase da vez

“As nossas tragédias são sempre de uma profunda banalidade para os outros”

Oscar Wilde, escritor e poeta inglês (1954-1900).

 

Uma pausa sobre o tititi da política para atender a um pedido de socorro . Os portadores de lupús, uma doença em que os anticorpos invertem o seu papel e atacam os órgãos bons do corpo, estão se sentindo desassistidos. Dos quatro mil diagnosticados em Salvador, pelo menos metade está penando.

O grito vem de Jacira de Souza Conceição, presidente da Lúpicos Organizados da Bahia (Loba, a associação que tenta congregar os doentes. Ela diz que o atendimento no Ambulatório Docente da Bahia (Adaba), da Faculdade de Medicina da UFBa, a referência de sempre, mantido pela Secretaria de Saúde de Salvador, f0i suspenso. E por conta disso vão fazer uma série de ações, como vestir sábado as gordinhas de Ondina com as camisas da causa e anteontem foram na Assembleia levadas pelo deputado José de Arimatéia (PRB).

Jacira desabafou:

— Estou aqui conversando com você, mas estou cheia de dores. Nossa vida é assim, de dores. E sem assistência, dói muito mais.

A assessoria da SMS explica que o Adaba não suspendeu o atendimento, apenas só aceita os pacientes já cadastrados, porque os reumatologistas de modo geral recusam o pagamento de R$ 10 por consulta

A SMS estuda uma tabela própria. Como o novo secretário, Luis Antonio Galvão, disse no primeiro encontro com funcionários que pretende fazer um trabalho que consagre o seu nome, está aí um bom ponto de partida.

 

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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