Publicado em 18/04/2017 às 09h36.

Serra recebeu US$ 2 milhões por obra em São Paulo, afirma delator

O senador tucano se defendeu com a afirmação de que a "história confusa" não faz o "menor sentido"

Redação
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

 

Um dos delatores da empreiteira Odebrecht, o executivo Luiz Eduardo Soares disse em depoimento que o senador José Serra (PSDB-SP) recebeu US$ 2 milhões de propina da empresa em 2010. O dinheiro teria sido depositado na conta no exterior do empresário Jonas Barcellos, dono do grupo Brasif.

A origem do recurso seria a devolução de R$ 4 milhões que o ex-diretor da companhia de economia mista Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), Paulo Vieira Souza, conhecido como Paulo Preto, fez para o grupo por causa da obra do Rodoanel Sul.

Paulo Preto é acusado de intermediar repasses ilícitos no Dersa a favor de Serra e do atual ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira – o que ambos negam com veemência.

Por nota à Folha, o senador tucano negou ter beneficiado a Odebrecht quando ocupou cargos públicos. “A confusa história relatada pelo delator não faz nenhum sentido”, afirma nota enviada pelo parlamentar.

Outras doações – Barcellos é apontado por delatores da Odebrecht como o quarto empresário a emprestar contas para que Serra recebesse recursos da companhia. Os outros são Márcio Fortes, ex-tesoureiro do PSDB, Ronaldo Cezar Coelho, amigo de Serra, e José Amaro Pinto Ramos, acusado de ser lobista ligado aos tucanos paulistas. Todos negam que o senador seja o beneficiário dos depósitos.

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