Publicado em 12/05/2017 às 14h40.

Servidores criticam Secretaria de Educação: ‘Não sabe que existimos’

Categoria decidiu interromper as atividades da Uneb durante uma semana a cada mês como forma de "chamar atenção para a importância da classe"

Fernanda Lima
Foto: Carol Garcia / GOVBA
Foto: Carol Garcia / GOVBA

 

Os servidores dos departamentos da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) decidiram, em ofício divulgado nesta sexta-feira (12), fechar os portões das faculdades durante uma semana a cada mês, a partir do próximo dia 15, e impedir a realização das aulas durante o período.

O ato, segundo o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do 3º Grau do Estado da Bahia (Sintest), Firmino Júlio de Oliveira Filho, em entrevista ao bahia.ba,  tem como finalidade “chamar atenção para a importância da classe”.

“Pretendemos mostrar o quanto estamos carentes de respostas de melhorias. A Secretaria de Educação do Governo da Bahia ainda não sentiu nossa presença. Parece não saber que existimos. Insistimos várias vezes para ter uma reunião e nada. Essa movimentação de paralisar não é de agora, é uma necessidade antiga. Mas eles, realmente, parecem não saber”, criticou Oliveira.

O coordenador reprovou, ainda, a atuação do reitor da Uneb, José Bites de Carvalho, que, para a categoria, deveria atuar como “intermediador no diálogo entre as partes envolvidas”. O líder negou, entretanto, que o protesto semanal seja indicativo de greve.

“Não pensamos em greve, porque a nossa atitude é uma paralisação com mobilização. Nós entendemos que assim chamaremos atenção”, afirmou, ao rechaçar também o auxílio-alimentação diário abaixo de R$ 9 recebido pela classe. “Onde a gente almoça com esse dinheiro?”, questionou.

Ao todo, a expectativa do sindicato é de que 11 mil servidores interrompam as atividades, número que pode ser ampliado, caso profissionais das outras unidades de ensino também optem pela suspensão.

A Secretaria de Educação do Estado da Bahia defendeu à reportagem que mantém “diálogo permanente com as universidades” e que, em função de o Estado ter extrapolado o limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), está impossibilitado de atender as solicitações de movimentações nas carreiras de todos os servidores”.

Além disso, a pasta contou que “utras demandas apresentadas pela categoria devem ser tratadas diretamente entre os representantes da categoria e a reitoria da universidade, respeitando sua autonomia institucional”.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.