Publicado em 10/03/2019 às 15h30.

‘Servidores só querem privilégios’, diz secretário da Previdência

Na análise de Leonardo Rolim, os executivos estaduais deveriam criticar menos o texto apresentado sobre a proposta

Redação
Foto: Carlos Vieira/CB
Foto: Carlos Vieira/CB

 

O secretário de Previdência do Ministério da Economia, Leonardo Rolim, afirmou em entrevista ao Correio Braziliense que “os servidores só querem privilégios” e que o governo federal ajuda governadores e prefeitos a controlarem as contas públicas.

Sendo assim, para ele, os executivos estaduais deveriam criticar menos o texto apresentado sobre a proposta. “Eles não têm nada do que reclamar, nada. Eles deviam estar aqui, ajoelhados, agradecendo”, disse.

O secretário afirmou ainda que a situação de alguns estados é mais crítica do que a da União e que o rombo das contas das aposentadorias do regime próprio deles ficou em torno de R$ 87 bilhões em 2018.

O maior foco de resistência à reforma, ainda assim, será a dos funcionários públicos, acredita Rolim. “O problema é que os servidores só querem privilégio”, disse, em relação à categoria da qual ele mesmo faz parte — é consultor de Orçamento da Câmara.

Mesmo que a reforma mantenha a economia estimada, que o secretário reforça ser de R$ 1 trilhão, ele não tem a ilusão de que o rombo da Previdência vai zerar com essa nova PEC, que é mais dura do que a do governo Michel Temer. “Não temos esse sonho. O que a gente imagina é ter um deficit sustentável”, declarou. O objetivo é impedir que o rombo cresça.

O problema é que a PEC está parada na Câmara até que o governo apresente o projeto de lei que mudará as regras de aposentadoria dos militares. Rolim explicou que a ideia inicial era enviar os dois textos juntos, mas o segundo ainda não está pronto. “Estamos esperando que eles (os militares) nos apresentem a proposta”.

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