Publicado em 28/04/2017 às 16h06.

Silvio quer apurar táxi cedido pela prefeitura: ‘Não há almoço grátis’

Vereador do PSB estranhou divulgação do Palácio Thomé de Souza de que empresas resolveram patrocinar transporte de servidores no dia marcado pela greve geral

Evilasio Junior

O vereador Silvio Humberto (PSB) pretende reunir a bancada de oposição para discutir a cessão de táxis aos servidores da Prefeitura de Salvador para evitar o fechamento de órgãos municipais no dia marcado pela greve geral.

Presente à manifestação contra as reformas trabalhista e da Previdência do governo do presidente Michel Temer (PMDB), nesta sexta-feira (28), no Campo Grande, o socialista disse estranhar a divulgação do Palácio Thomé de Souza, de que as empresas “decidiram colaborar com a gestão” para que os funcionários pudessem “utilizar os serviços de táxi sem pagar nada por isso”.

“Nós vamos analisar, porque não existe almoço grátis. Alguém paga conta. Se alguém paga a conta, a gente precisa ver quem pagou a conta. Agora, que você passa nas repartições e elas não abertas, isso é fato. Então, a gente precisa avaliar. É uma notícia que chegou e nós vamos juntar ainda a bancada da oposição para ver o dia seguinte disso, para ver até que ponto é real ou foram apenas palavras soltas”, afirmou, em entrevista ao bahia.ba.

Apesar de a prefeitura prometer cortar o ponto dos faltosos, diversos profissionais relataram dificuldade em acessar o serviço. A própria administração soteropolitana admitiu, em nota, a limitação da oferta, mas manteve o posicionamento de cobrar o dia de quem não apresentar justificativa pela ausência. “As cooperativas realizaram cerca de 400 corridas nesta manhã para colaboradores de órgãos municipais. A procura foi intensa, e não houve condições de atender toda a demanda. A Prefeitura tem, no total, 21 mil servidores. Aqueles que não conseguiram chegar ao local de trabalho devem justificar as ausências no setor de recursos humanos dos respectivos órgãos”, apontou o comunicado.