Publicado em 03/06/2019 às 15h36.

Tati Moreno é condenado a pagar R$ 100 mil a Juarez Paraíso pela sereia de Interlagos

Pegou muito mal para Tati

Levi Vasconcelos
Foto: arquivo pessoal/Juarez Paraíso
Foto: arquivo pessoal/Juarez Paraíso

 

Um dia depois de empossado na Academia de Letras da Bahia (ALB) como novo imortal, o artista plástico Juarez Paraíso, 85 anos, obteve outra vitória. Provou na Justiça que a belíssima sereia que adorna o lago do entorno do Condomínio Parque Interlagos, em Areias, litoral de Camaçari, é obra dele, e não de Tati Moreno, como todo mundo lá pensa e diz.

Tati Moreno, a quem se atribui a autoria dos orixás do Dique do Tororó, sempre se disse autor da obra. Assim o fez no livro ‘A arte de Tati Moreno em livro’ (texto de Cláudius Portugal), lançado em outubro de 2016 e em entrevistas na TV.

Surpresa

O advogado Rodrigo Moraes, especialista em direitos autorais, conta que lá um dia Juarez foi a Interlagos fotografar sua sereia quando se surpreendeu com a informação: só como autorização do autor.

— Como? O autor sou eu.

— Não. Aqui todo mundo sabe que é o Tati Moreno.

Juarez acionou a Justiça e lá provou, com fotos da construção na Escola de Belas Artes da UFBA, onde foi professor e diretor, desenhos preliminares e afins, que o autor é ele.

Anteontem a juíza Ana Karena Nobre, da 9ª Vara Cível, condenou Tati a pagar R$ 100 mil de indenização por danos morais, mais a publicar três vezes em jornal de grande circulação que a escultura Iemanjá, a sereia em apreço, é obra de Juarez Paraíso, mais a colocar uma placa na obra dizendo quem é o verdadeiro autor.

Pegou muito mal para Tati.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.