Publicado em 24/10/2017 às 07h40.

Temer espera ampliar votos a favor para barrar 2ª denúncia

Governo articula para impedir a debandada de outros deputados. Planinha de apoiadores tem 20 nomes a menos em relação à primeira denúncia barrada em agosto

Redação
Foto: Beto Barata/PR
Foto: Beto Barata/PR

 

Ainda que os prognósticos não apontem para um resultado diferente do esperado, o governo Michel Temer conversa nas últimas 48h com um grupo de 40 parlamentares para que a segunda denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente seja barrada com uma margem confortável.

A intenção é para que o mandato possa prosseguir sem a perda do apoio político, a fim de que medidas, como a reforma da Previdência, sejam aprovadas no Congresso nos 14 meses restantes da gestão.

A planilha de apoiadores do governo já tem 20 votos a menos do que a análise da primeira denúncia, que foi barrada com 263. Para que a autorização para o Supremo Tribunal Federal (STF) investigar a acusação seja aprovada, são necessários pelo menos 342 votos dos 513 deputados.

Entre os 40 parlamentares alvo do Planalto, a maioria integra os partidos chamado de “Centrão”, liderados pelo PP, PSD, PR e PRB. De acordo com o G1, o custo dos votos passa pela liberação mais acelerada dos valores da máquina pública para obras, a efetivação de apadrinhados em cargos federais e outras demandas.

Para aumentar o apoio, Temer exonerou dez ministros na última semana, entre eles o articulador político do governo, Antônio Imbassahy (PSDB-BA). Assessores do presidente afirmam que o tucano é importante para botar panos quentes na relação entre Michel Temer e Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente da Câmara.

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