Publicado em 25/05/2017 às 10h18.

Temer-JBS: Neto volta a pregar cautela e defende ‘saída constitucional’

“As instituições no Brasil estão acima das pessoas. As pessoas passam, as instituições ficam. É isso que importa”, avalia o prefeito de Salvador

Evilasio Junior
Foto: Max Haack/ Agecom
Foto: Max Haack/ Agecom

 

Um dos principais líderes nacionais do DEM, o prefeito de Salvador, ACM Neto, voltou a pregar cautela no caso da delação premiada dos executivos da JBS, mas defendeu uma “saída constitucional”, caso o presidente Michel Temer (PMDB) deixe o mandato, ou por renúncia, ou por cassação ou por impeachment. Pela Carta Magna, em artigo 81, a interrupção do mandato, hoje, culminaria na realização de eleições indiretas.

“Olha, me parece que a Constituição Federal é clara no sentido de estabelecer quais são as regras de escolha do próximo presidente, caso o atual não permaneça. Agora, eu acho que é um momento que exige cautela, cuidado e muita atenção. Eu não vou ficar especulando se deve ser assim ou assado. Quem tem que dizer isso é o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, caso haja qualquer coisa com o atual presidente”, ressaltou Neto, em entrevista ao bahia.ba, nesta quinta-feira (25), na chegada à cerimônia de entrega da via marginal entre o Shopping Paralela e a Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC).

O gestor esteve em Brasília nas duas últimas semanas e admitiu que o seu partido tem debatido o tema “permanentemente”. “Tenho conversado dentro do partido e tenho conversado com as lideranças. O Democratas é um partido que tem responsabilidade e, mais do que isso, hoje o Democratas tem o presidente da Câmara [Rodrigo Maia], que é o próximo na linha sucessória. Então, mais ainda, é exigida do Democratas uma postura de cautela e de bom senso com a estabilidade do país. O momento é grave. Ninguém duvida disso. Nós temos a consciência de que essa crise vem se aprofundando, agora o caminho deve ser feito dentro do respeito à institucionalidade, com respeito à Constituição brasileira. As instituições no Brasil estão acima das pessoas. As pessoas passam, as instituições ficam. É isso que importa”, avaliou.

Sobre o fato de não assumir um posicionamento mais incisivo, o prefeito argumenta que adotou a mesma “postura reservada” do período em que era debatido o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

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