Publicado em 02/12/2015 às 06h10.

Tempo Presente: Rui Costa diz que tenta sobreviver

Levi Vasconcelos
Foto: Manu Dias/GOVBA
Foto: Manu Dias/GOVBA

O governador Rui Costa avalia que o pacote de projetos enviado para a Assembleia nada tem de injusto, muito pelo contrário, é apenas um ajuste necessário para o bem da saúde financeira do Estado. Ele diz, por exemplo, que também não gostou de ter que reajustar a alíquota do ICMS em 1%, mas foi forçado. Cita que outros estados, como Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, já fizeram:

— Eu segurei na esperança de ver a economia reagir. Não deu. Imagine que recebemos um telefonema do Ministério da Saúde dizendo que agora em dezembro só vai mandar metade do dinheiro dos repasses obrigatórios. Até repasse obrigatório estão segurando. Eu vou fazer o quê, vou fechar hospitais? Não tenho alternativa. Já estou usando o volume morto das finanças.

E conclui:

— Estou apenas querendo um dedo de água. Nem dois dedos são.

Venda de férias – Rui diz também que a proibição à venda de férias já vale no Estado desde o início do Governo Wagner, mas outros poderes continuam a fazer. E no governo federal há muito não existe mais:

— O funcionário público tem oito meses de férias a cada cinco anos. Alguns acumulam para depois vender. Tem casos que chegam a R$ 500, R$ 600 mil. Aí, não tem orçamento que aguente. Eu estou ajudando o funcionário a descansar de fato.

Ele cita que nessa situação, se em 2016 não fizer nada, não der um centavo de reajuste, ainda assim a folha sobe R$ 300 milhões.

— Não se incomodem com o desgaste que isso pode gerar agora. Desgaste muito pior seria atrasar o pagamento de salários, como já acontece com 17 dos 27 estados.

Esta foi uma das primeiras coisas que Rui Costa disse ontem na reunião com os deputados. Todos ouviram calados.

Só Nilo – Deputados da base governista ainda continuam com algumas queixas do secretário Josias Gomes (Relações Institucionais), a principal delas, que não cumpre as coisas que acerta. Mas admitem que rebelião só haveria se fosse capitaneada pelo presidente Marcelo Nilo.

Não é o caso. Nilo está em paz.

* Notícia originalmente publicada no jornal A Tarde desta quarta-feira (2).

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