Publicado em 07/03/2017 às 17h30.

TSE marca acareação entre delatores da Odebrecht

O objetivo do ministro Herman Benjamin é esclarecer contradições que apareceram nos depoimentos dos executivos

Redação
STE (Agência Brasil)
STE (Agência Brasil)

 

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Herman Benjamin, relator da ação que pede a cassação da chapa formada por Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB), marcou para sexta-feira (10) uma acareação entre Marcelo Odebrecht, ex-presidente e herdeiro do grupo, Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Internacionais, e o baiano Hilberto Silva Mascarenhas, ex-funcionário do setor de operações estruturadas, responsável por pagamentos ilícitos da empresa.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Melo Filho fará a acareação em Brasília, no TSE, enquanto Marcelo e Hilberto por meio de videoconferência. O objetivo de Benjamin é esclarecer contradições que apareceram nos depoimentos que os três ex-executivos concederam nos últimos dias à Justiça Eleitoral.

A mais polêmica delas é referente à participação do presidente Michel Temer em um jantar em 2014 no Palácio do Jaburu, sua residência oficial, em Brasília, em que foi discutida doação para o PMDB.

Na versão de Marcelo, ele afirmou ter se encontrado com Temer durante tratativas para a campanha de 2014, mas negou acerto com o peemedebista de um valor para a doação. Ele disse ainda que as negociações para a doação ao PMDB foram feitas entre o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho. Cinco dias depois de Marcelo, Melo Filho reafirmou que Temer pediu “apoio financeiro” da empreiteira ao partido no jantar realizado no Jaburu. Segundo o documento, no encontro ficou definido o repasse de R$ 10 milhões da empreiteira ao PMDB.

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