Publicado em 03/09/2018 às 18h00.

Vaccarezza diz não ter condição de pagar fiança e oferece terras na Bahia

Ex-deputado foi intimado a pagar fiança de R$ 1,5 milhão após ser investigado por esquema de corrupção

Redação
Foto: Valter Campanato/ Agencia Brasil
Foto: Valter Campanato/ Agencia Brasil

 

Os advogados do ex-deputado Cândido Vaccarezza (sem partido-SP) encaminharam documento ao juiz federal Sérgio Moro afirmando que ele não tem condições de pagar a fiança de R$ 1,5 milhão, depois de ser intimado pelo magistrado. 

No final de julho, Vacarezza anunciou que abriu uma “vaquinha virtual” para arrecadar recursos para sua campanha a deputado federal. No entanto, ele não havia quitado a fiança, fixada desde o ano passado. Diante disso, Moro intimou o Ministério Público Federal para que se manifestasse sobre o assunto. Em resposta, em agosto, a procuradoria defendeu que o ex-deputado deveria pagar a fiança no prazo de cinco dias.

No documento enviado a Moro, a defesa afirma que o ex-parlamentar não conseguiu empréstimo para fazer o depósito do valor e, como alternativa, oferece duas propriedades rurais da mãe do ex-deputado no valor de R$ 1,8 milhão, localizados no município de Candeal, na Bahia.

“O requerente é médico. Jamais alegou que se encontrava em estado de penúria. É um brasileiro de classe média. O que ocorre é que o juízo pressupôs que o requerente teria capacidade financeira para dispor de mais de um milhão e meio de reais em espécie para fazer frente ao recolhimento de uma fiança”, dizem os advogados.

A defesa também sustenta que o fato de ele estar em campanha para deputado não significa que ele tenha recursos para pagar a fiança. “O fato do requerente ter deflagrado uma campanha a um mandato eletivo também não pode ser tido como indício de que teria condições de fazer frente ao adimplemento da fiança”, dizem.

No processo, Cândido Vaccarezza é investigado pela suposta participação em esquema de corrupção envolvendo a empresa Sargeant Marine e a Petrobras. O ex-deputado foi denunciado pelo MPF após a deflagração da 44ª fase da Lava Jato, batizada de Operação Abate.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.