Publicado em 01/06/2016 às 21h40.

Vânia quer debate sobre gênero no Plano Municipal de Educação

Os termos 'gênero' e 'sexualidade' foram retirados do Plano Estadual pela AL-BA; Para a petista, a alteração foi um 'imenso retrocesso'

Hieros Vasconcelos
(Foto: Reginaldo Ipê/ Secom / Câmara Municipal de Salvador)
(Foto: Reginaldo Ipê/ Secom / Câmara Municipal de Salvador)

A vereadora Vânia Galvão, líder do PT na Câmara e presidente da Comissão de Reparação, defendeu, nesta quarta-feira (1º), a necessidade de debater gênero e sexualidade nas discussões referentes ao Plano Municipal de Educação que ocorrerão na Casa. “Eu espero que seja discutido na Câmara com a seriedade que o assunto requer”, disse ao bahia.ba.

O assunto tem sido alvo de bastante polêmica entre os baianos e causou alvoroço entre os parlamentares da Assembleia Legislativa da Bahia, onde o Plano Estadual de Educação (PEE) foi aprovado, no dia 4 de maio, com emendas que retiram os termos ‘gênero’ e ‘sexualidade’ do projeto original. O Plano foi sancionado pelo governador Rui Costa (PT) no dia 11 de maio, mesmo diante de protestos contrários à alteração na matéria.

Para a vereadora petista, a exclusão dos termos do plano estadual foi um “imenso retrocesso”. “Não é possível que não se entenda a importância de levar o tema da questão de gênero para as escolas. A cultura machista que está presente na nossa sociedade é extremamente preocupante e lamentável. Foi um retrocesso imenso a retirada dos termos gênero e sexualidade do plano estadual”, afirmou.

Questionada se a discussão do tema pode causar no legislativo municipal o mesmo tumulto que ocorreu na AL-BA, a vereadora disse esperar que não. ”Acho que todo mundo pode ter a religião que quiser, mas não pode interferir na educação com posições fundamentalistas”, afirmou ao bahia.ba.

A vereadora também manifestou repúdio ao caso do estupro da garota de 16 anos por 30 homens, no estado do Rio de Janeiro. “Isso demonstra que ainda vivemos em uma sociedade machista e negligente com o direito das mulheres, mas não podemos ficar apenas lamentando o fato, temos que tomar medidas para evitar a proliferação desta cultura do estupro”, afirmou.V No sábado (4), o Movimento de mulheres realizará uma mobilização contra a cultura do estupro, às 14 horas, no Campo Grande.

 

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