Publicado em 28/04/2017 às 16h48.

Vasconcelos cogita disputar 2018: ‘Não tenho direito de descartar’

Filiado ao PCdoB, presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia diz que assunto é “prematuro”, mas admite “força muito grande” para tentar cadeira de deputado

Evilasio Junior
Foto: Izis Moacyr/Bahia.ba
Foto: Izis Moacyr/Bahia.ba

 

Filiado ao PCdoB, o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, admitiu, em entrevista ao bahia.ba, a possibilidade de ser candidato a deputado em 2018.

Presente ao ato contra as reformas da Previdência e trabalhista propostas pelo governo Temer, nesta sexta-feira (28), no Campo Grande, o advogado disse que o “assunto é muito prematuro”, mas reconheceu a possibilidade, ao pontuar que dos 513 integrantes atuais da Câmara, 44 são ligados a entidades de classes.

“O placar do Congresso é implacável, contra a maioria do povo, e isso precisa ser alterado, com a minha candidatura ou com outras, no sentido de que a gente possa ter representantes dos trabalhadores e desse segmento na sociedade, participando das discussões no parlamento. É inaceitável que a gente tenha um Congresso Nacional composto, na sua maioria, por grandes empresários. É necessário que a gente tenha eleições limpas, onde as ideias prevaleçam, e isso exige também a presença dos trabalhadores no parlamento”, afirmou, sem descartar o lançamento do seu nome no próximo pleito: “Eu acho que não tenho esse direito de descartar, porque eu assumi essa tarefa de presidir um sindicato muito importante. Existe uma força muito grande para colocar a nossa candidatura e a gente está avaliando”.

Vasconcelos criticou ainda a política financeira do Planalto que, no seu entendimento, é um “retrocesso” que privilegia os grandes banqueiros, em detrimento das instituições públicas. “O governo Temer tem esvaziado os bancos públicos, atacando a Caixa Econômica, o Banco do Brasil e o Banco do Nordeste, fechando unidades na capital e no interior. Somente no BB, foram 33 unidades afetadas em todo o estado da Bahia. Na Caixa, se anuncia um fechamento de 120 agências no Brasil inteiro, e no BNB duas agências já foram fechadas aqui em Salvador”, contabilizou. “Acreditamos que os bancos privados merecem o nosso repúdio por, além de estarem fechando agências, demitirem trabalhadores e atacarem os empregos. É inaceitável que, com um lucro de R$ 60 bilhões no ano, os bancos estejam entre os campeões nacionais de demissão em termos porcentuais”, disse.

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