Publicado em 27/04/2017 às 10h03.

Violência no Nordeste só cresce. É no que dá a orfandade política

Na banda baiana, Feira de Santana tem a pior situação, ocupando a 15ª posição com a taxa de 60,23 homicídios para cada 100 mil habitantes, seguida de Vitória da Conquista, na 16ª posição

Levi Vasconcelos

Frase da vez

“O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem-caráter, nem dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons.”

Martin Luther King, pastor protestante, um dos mais importantes líderes do movimento negro dos EUA (1929-1968)

Foto: Raul Golinelli/ GOVBA
Foto: Raul Golinelli/ GOVBA

 

Passou batido pela maioria da mídia um estudo realizado pelo Centro Cidadão para Segurança Pública e Justiça Penal, do México, sobre as 50 cidades mais violentas do mundo.

O detalhe é que 19 das 50 estão no Brasil, e das nossas 19, nada menos que 10 estão no Nordeste e três no Norte do país.

Na banda baiana, Feira de Santana tem a pior situação, ocupando a 15ª posição com a taxa de 60,23 homicídios para cada 100 mil habitantes, seguida de Vitória da Conquista, na 16ª posição, com 56,45, e Salvador e Região Metropolitana, na 20ª posição, com 54,71.

São números bem menores do que a campeã, Caracas, na Venezuela, com 130,35, e também de Natal, a mais violenta do Brasil, na 10ª posição, se é que isso serve de consolo.

Uma olhada no Mapa da Violência confirma que o Nordeste é a região mais violenta do país, com uma taxa de homicídios da ordem de 120 por 100 mil habitantes.

E a Bahia fica aí com os seus 161,7, altíssimo, embora bem abaixo dos 379 do Rio Grande do Norte ou dos 300 do Maranhão, também se isso serve de consolo.

É um cenário desolador. Resultado da falta de liga entre a representação política e os anseios coletivos. Os políticos dizem que não é bem isso. Mas é.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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