Publicado em 15/02/2017 às 18h16.

Votação de fim da reeleição é adiada na Assembleia

Deputados Targino Machado e Marcelo Nilo, ex-presidente da Casa, afirmaram que regimento não foi cumprido

Rodrigo Aguiar
Foto: Josemar pereira/ Ag. Haack/ bahia.ba
Foto: Josemar Pereira/ Ag. Haack/ bahia.ba

 

Prevista para esta quarta-feira (15), a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que impede a reeleição de membros da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa dentro de uma mesma legislatura foi adiada.

Ex-presidente da Casa, o deputado Marcelo Nilo (PSL) foi um dos parlamentares a defender que não foram cumpridos requisitos regimentais para a apreciação da matéria. Segundo Nilo, não foram respeitados os prazos necessários. “A única preocupação que tenho é que, se qualquer cidadão entrar na Justiça, vai suspender daqui a oito meses o que foi feito hoje”, declarou Nilo.

Antes dele, quem se manifestou contra a votação nesta quarta foi Targino Machado (PPS), sob o argumento de que a proposta “não se tratava de uma proposição”.

“Estamos assistindo a um evento ímpar nesta tarde. Já vimos muitas coisas nessa Casa. Por pior que seja este regimento interno, esta é a nossa Bíblia. Se não querem cumprir, que se faça outro. Nunca vi nessa Casa uma proposição fantasma. Para ser proposição, precisa ser publicada no Diário Oficial”, declarou Targino. O parlamentar citou ainda que não foi respeitado o período para a apresentação de emendas. “Não posso ter as minhas prerrogativas tolhidas”, protestou.

Responsável pela coleta de assinaturas em apoio ao projeto, o deputado Adolfo Menezes (PSD) disse que houve um “açodamento” da sua parte. “Acredito que não tem problema adiar [a votação] e cumprir a publicação. Quem esperou dez anos pode esperar mais alguns dias”, declarou.

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