Publicado em 11/04/2016 às 20h00.

Wagner aposta em vitória do governo e já pensa no ‘day after’

Em entrevista à TV Brasil, ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, fala em "reaglutinar" base política e conversar com a sociedade

Redação
Brasília - O ministro Jaques Wagner, participa do programa Espaço Público, da TV Brasil (Elza Fiúsa/Agência Brasil)
Ministro Jaques Wagner: confiança na queda do impeachment (Foto: Elza Fiúsa/Agência Brasil)

 

Convicto de que o  governo vai sair vitorioso na votação do parecer sobre a continuidade do impeachment no plenário da Câmara, prevista para o próximo final de semana, o ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Jaques Wagner, já faz planos para o day after.

“Aí a grande pergunta é o dia seguinte: o que fazer? Eu acho que o que fazer é: reaglutinar bem essa base que está nos apoiando, conversar com segmentos sociais, com o segmento empresarial também. Conversar ou, pelo menos, já deixar aberta a conversa mesmo com aqueles que escorregaram nesse processo de impeachment, mas que resolvam botar um ponto final nessa luta sem fim que já dura 15 meses e ter a presidenta (sic) no lugar que o povo a colocou”, disse o ministro, em entrevista gravada para o programa Brasilianas.org, que vai ao ar nesta segunda-feira (11), às 23h, pela TV Brasil.

A votação deve começar na sexta-feira (15) e prosseguir até o domingo (17). Para que o impeachment seja aprovado no plenário da Câmara e seja encaminhado ao Senado, são necessários, pelo menos, 342 votos do total de 513 deputados. Significa, portanto, que, para sustar o andamento, o Planalto precisa que 172 parlamentares optem pelo “não”. A julgar pela postura de Wagner, o quadro é tranquilo e está favorável ao governo.

“Querem colocar na cadeira de presidente da República alguém que não teve a bênção do povo e do voto. Tenho absoluta segurança que a gente vence no domingo no plenário da Câmara dos Deputados, barrando o impeachment. Estamos fazendo conta entre 208 e 212 votos [contra o impeachment]. Temos consciência de que não vamos chegar acima dos 257 [votos], mas temos um número com uma certa folga para barrar esse processo.”, diz Wagner.

Na entrevista, Wagner diz também que o governo não está preocupado com uma possível delação premiada do ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, preso na Operação Lava Jato.

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